No Centro e Sul do país, as quedas de árvores estiveram na origem das situações mais graves provocadas pela intempérie. Um acidente de viação em Nisa deixou um homem em estado grave. Houve também algumas famílias que ficaram desalojadas.
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O condutor de uma viatura ligeira sofreu ferimentos graves na sequência de um choque com uma árvore caída numa estrada, na zona da Barragem do Poio, concelho de Nisa (Portalegre), disse à agência Lusa fonte dos bombeiros.
De acordo com a fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Portalegre, o automobilista foi transportado pelos bombeiros para as urgências do Hospital de Portalegre.
No mesmo distrito, mas em Campo Maior, o forte vento levou a que quatro famílias, já antes a viverem em situação muito precária, perdessem os seus abrigos. "O vento forte arrancou as chapas de cobertura de quatro barracas, onde vivem famílias de etnia cigana", revelou o comandante dos Bombeiros Voluntários.
Também em Leiria ficaram desalojadas duas pessoas devido à queda de uma árvore que destruiu parcialmente o telhado da casa onde habitavam.
Casa ruiu em Ferreira do Zêzere
Por volta das 18 horas, mas em Ferreira do Zêzere, distrito de Santarém, uma casa ruiu, deixando uma pessoa desalojada, adiantou fonte da Protecção Civil. Joaquim Chambel, comandante distrital de operações de socorro, disse à agência Lusa que essa foi a situação mais grave ocorrida devido ao mau tempo que assolou ontem o distrito, onde os fortes ventos registados durante a tarde provocaram a queda de cerca de uma centena de árvores e de alguns postes de telefone.
Segundo o responsável, chegou a ser ponderada a evacuação da aldeia ribeirinha da Palhota, no concelho do Cartaxo, devido ao efeito provocado pelo vento durante a praia mar (atirando a água para as margens do Tejo).
Tejo invade Terreiro do Paço
Na zona da Grande Lisboa, a situação mais gravosa foi registada no Terreiro do Paço, obrigando ao encerramento do terminal fluvial e desvio para o Cais do Sodré. Nesta zona, o Tejo chegou a galgar as margens e a alagar uma caixa de distribuição da EDP.
Já em Coimbra, o vento forte foi o principal responsável pelas 443 quedas de árvores registadas no distrito, entre a meia-noite e as 19 horas de ontem.
Ao final da tarde, Coimbra era o concelho mais afectado, com 78 árvores derrubadas, uma delas centenária, no Pátio da Universidade.
Tábua ocupava o segundo lugar, com 52, seguida de Penacova, com 45 árvores no chão. Caíram barreiras e outras infra-estruturas, houve despistes, mas nenhum dano pessoal.