A investigadora Raquel Seruca, do Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto, classificou de "extraordinário" o trabalho do britânico John B. Gurdon e do japonês Shinya Yamanaka a quem foi atribuído, esta segunda-feira, o Prémio Nobel da Medicina.
Corpo do artigo
Raquel Seruca, médica e investigadora do Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto (IPATIMUP), considerou que o prémio Nobel da Medicina foi "muito bem atribuído" porque os dois investigadores desenvolveram "um trabalho extremamente importante, pelo grande avanço que representa para a medicina regenerativa".
Na prática, explicou a investigadora, "é pegar numa célula madura para determinada função e conseguir revertê-la para uma função nova, ou seja, reprogramá-la para fazer coisas diferentes".
O prémio Nobel da Medicina 2012 foi atribuído conjuntamente a John B. Gurdon e Shinya Yamanaka "pela descoberta de que as células maduras podem ser reprogramadas para se tornarem pluripotentes", anunciou o Comité Nobel.
Segundo explica a assembleia Nobel no comunicado em que anuncia os nomes dos laureados, o Instituto Karolinska decidiu distinguir dois cientistas que descobriram que células maduras e especializadas podem ser reprogramadas para se tornarem células estaminais, capazes de formarem qualquer tecido do corpo.