A Comissão de Utentes da Autoestrada 24 cancelou a deslocação com autocarros e camiões à Estrada Nacional 2, prevista para sábado, e anunciou uma marcha lenta no dia 28 na A24, que liga Viseu a Chaves.
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António Serafim, que integra a comissão contra as portagens na A24, A23 e A25, disse esta terça-feira, à Lusa que "não foram reunidas as condições" para a realização da iniciativa que, no sábado, queria mostrar que a EN2 não é alternativa à autoestrada.
A ideia era juntar um autocarro de passageiros, camiões TIR e veículos ligeiros para mostrar o impacto que é viajar naquela estrada que atravessa o distrito de Vila Real desde Chaves ao Peso da Régua.
António Serafim anunciou uma marcha lenta para o dia 28 na A24, numa iniciativa que decorrerá em simultâneo na A25, em Viseu.
A A24 entrou em funcionamento em toda a sua extensão em Junho de 2007, ligando, ao longo de 155 quilómetros, Viseu à fronteira em Chaves. Quatro anos depois, o Governo anunciou a introdução de portagens nesta SCUT (autoestrada sem custos para o utilizador).
O Governo aprovou, na quinta-feira, um decreto-lei que permite a cobrança de portagens nas SCUT do Algarve, da Beira Interior, do Interior Norte e da Beira Litoral/Beira Alta, que garante a criação de um regime de discriminação positiva.
Ao longo da A24 foram instalados 13 pórticos, faltando anunciar o preço e a data de início de pagamento. Isto apesar de terem falhado as negociações entre o Governo e a concessionária.
Os pórticos para pagamento electrónico de portagens foram instalados na Zona Industrial de Chaves (quilómetro 8,4), Chaves-EN103 (12,1), EN103 - Vidago (18,3), Vidago-Pedras Salgadas (18,3), Pedras Salgadas-IP3/IC5 (35,1), Vila Pouca de Aguiar-Fortunho (53,9).
Ainda em Vila Real-IP4/A24 (69,2), Portela-Peso da Régua (81,3), Peso da Régua-Valdigem (91,1), Lamego-Bigorne (111,5), Bigorne-Castro Daire Norte (117,5), Castro Daire Leste-Carvalhal (131,9) e Arcas-EN2 (145,3).