Os rios da região Norte não fizeram, ontem, grandes estragos, mas o vento e a chuva provocaram milhares de ocorrências, nomedamente quedas de árvores. Um deslizamento provocou o corte da linha do Douro durante sete horas.
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Uma nova derrocada de pedras e terra na linha do Douro, junto à Quinta de Dona Matilde, cerca de um quilómetro a montante da barragem de Bagaúste, suspendeu ontem a circulação de comboios entre as estações da Régua e do Tua. O desmoronamento da encosta ocorreu cerca de meio-dia. A Refer encaminhou para o local uma máquina giratória, dresinas com vagões e pessoal para desimpedir a via, que viria a ser reaberta cerca das 19 horas.
Susto em Terras de Bouro
Em Terras do Bouro, no lugar de Gilbarbedo, uma pedra enorme rolou montanha abaixo e parou a escassos metros de uma casa de habitação. A família ainda não recuperou do susto e a pedra, empurrada pela chuva e o vento, deverá ter que ser cortada para poder ser retirada do local. Em Braga, no Parque Industrial de Palmeira, a parede de uma empresa de pastelaria caiu e atingiu um dos proprietários que teve que receber tratamento hospitalar. No Bairro Social Fonte de Falcões, o 1º Bloco ficou sem telhado. Em Guimarães, um dos incidentes causados pelos ventos fortes, aconteceu no campo de jogos de Sande S. Lourenço. A cobertura de uma das bancadas "voou", provocando um enorme susto entre os espectadores. A cobertura acabou por cair numa casa junto ao campo, provocando estragos.
Em Viana do Castelo, os fortes ventos que se fizeram sentir levantaram parte dos telhados de um lar de idosos na freguesia em Barroselas, sem, contudo, obrigar à sua evacuação, e de escolas em Subportela, Deocriste, Cortegaça e Carvoeiro.
Cemitério de Viana fechou
Em Caminha, uma estufa ficou também com a sua cobertura destruída. O cemitério municipal de Viana está hoje encerrado devido aos estragos provocados pela queda de árvores.
Na região de Aveiro, as águas agitadas da Ria provocaram uma tarde de sobressalto nas freguesias de S. Jacinto (Aveiro) e Torreira (Murtosa). No primeiro caso, a água galgou os muros da ria, atravessou a avenida marginal e entrou dentro de alguns estabelecimentos comerciais. O incidente deu-se às 14 horas. Já na Torreira, as fortes correntes provocaram estragos num pontão onde estavam amarradas embarcações, não tendo, no entanto, provocado prejuízos de maior. Também na Marina da Torreira, o quebra-mar foi danificado e os proprietários receiam que a subida da maré possa vir a provocar estragos nas embarcações de recreio.