O governo norte-americano afirmou hoje, terça-feira, que as fugas detectadas perto do poço danificado no Golfo do México, bem como as identificadas na tampa de contenção que o mantém fechado, não são uma ameaça neste momento.
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O almirante Thad Allen, responsável pela resposta norte-americana ao derrame, descartou hoje a possibilidade de uma das fugas, situada a cerca de três quilómetros do poço Macondo, ter a ver com a origem do derrame.
A multinacional petrolífera BP apontou no mesmo sentido, afirmando que esta fuga obedece a razões naturais e não procede da origem da fuga, travada desde quinta feira, com a instalação de uma tampa de contenção.
Allen referiu mais duas fugas adicionais -- uma a alguns metros da cabeça do poço e a terceira no próprio sistema de contenção -- mas acredita que elas não constituem uma "ameaça" nem que sejam sintomáticas de problemas sérios no poço Macondo.
A BP afirmou que a fuga poderia tratar-se com nitrogénio, uma solução que diz ser "comum".
Allen disse novamente que os técnicos da BP e os especialistas do governo estão a analisar de perto os níveis de pressão do poço, que continuam inferiores ao previsto.
Allen explicou que isso se justifica com o relativo esgotamento do petróleo bruto no poço, que começou a verter crude para o Golfo do México, depois da explosão de uma plataforma operada pela BP, a 20 de Abril.
Quando se cumprem 91 dias depois da explosão e posterior naufrágio da plataforma operada pela BP no poço de Macondo, a principal preocupação da Casa Branca é que a estrutura subterrânea do poço possa estar danificada e que o crude se infiltre nas rochas e que acabe a flutuar em vários pontos do solo marinho.
Apesar destes receios, Allen disse hoje que a pressão do poço "continua a aumentar de forma gradual a cada hora", acrescentando que, caso seja detetada uma anomalia grave, dará ordem imediata para reabrir o obturador.