Cerca de um milhão de casos de gripe A foram registados em Portugal, levando 1436 pessoas a ser internadas e causando 124 mortes, segundo dados da Direcção-Geral da Saúde divulgados hoje, terça-feira.
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Estes são os principais números do relatório da actividade epidémica gripal em Portugal em 2009, documento que será apresentado em Outubro no 2.º Congresso Nacional de Saúde Pública e que foi divulgado pela agência Lusa.
Segundo o director-geral da Saúde, Francisco George, a actividade do vírus da gripe A em Portugal verificou-se sobretudo entre Agosto de 2009 e Fevereiro de 2010, tendo tido a sua expressão máxima em Novembro do ano passado.
A esmagadora maioria dos casos foram ligeiros e moderados, mas ainda assim houve 193 doentes admitidos em cuidados intensivos e 124 mortes.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) anunciou hoje, terça-feira, o fim da primeira pandemia de gripe do século XXI.
Segundo a directora-geral da OMS, a gripe A (H1N1) causou 18 500 mortos em todo o mundo desde que foi descoberta em Abril de 2009.
Francisco George referiu que esta declaração da passagem à fase pós pandémica já era esperada, realçando que a actividade viral em Portugal começou o seu declínio a partir de Janeiro, não tendo sido diagnosticados casos nos últimos meses.
No entanto, o responsável sublinha que o vírus que provocou a pandemia vai continuar a circular sobretudo nas semanas frias do ano.
"Por isso faz todo o sentido apelar para os portugueses se protegerem através dos serviços de vacinação. Para quem tem mais de 65 anos ou doenças crónicas devem fazer vacina sazonal trivalente, que inclui também este vírus. Os restantes cidadãos podem também ser imunizados em relação ao H1N1", declarou.
Naturalmente que a situação epidemiológica não reflecte a situação global, uma vez que o vírus continuou a circular no hemisfério sul. Sabemos que o vírus que provocou a pandemia em 2009 vai continuar a circular sobretudo nas semanas frias do ano e por isso faz todo o sentido fazer um apelo para os portugueses se protegerem através dos serviços de vacinação, acrescentou Francisco George.