Eduardo Gil, guarda-noturno nas Azenhas do Mar, foi alertado por uma moradora para a presença de um desconhecido, cerca das três horas da madrugada desta quarta-feira, a bater na porta e a pedir ajuda. "Nunca tinha visto alguém tremer assim". Sobrevivente teve alta hospitalar e está na capitania do porto de Cascais a receber apoio psicológico
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"Uma cliente ligou-me, às três da manhã, a dizer que tinha um homem a bater-lhe à porta", contou Eduardo Gil, ao JN. "Dirigi-me à propriedade, vi o homem e perguntei-lhe o que estava a fazer", acrescentou.
"Disse-me que vinha num barco que tinha naufragado e que precisava de ajuda", contou Eduardo Gil. "Tremia como nunca na vida vi alguém tremer assim", acrescentou o guarda-noturno.
"Meti-o no meu carro e liguei o ar condicionado no máximo", continuou Eduardo Gil. O pescador contou que tinha nadado até à costa que vinham dois companheiros atrás, mas depois perdeu-os de vista.
"Demos umas voltas, entre as Azenhas do Mar e a Praia das Maçãs, a ver se encontrávamos alguém, mas não foi possível", lamentou Eduardo Gil.
Para chegar à zona habitacional, o pescador teve de subir uma escarpa íngreme e longa. "Não sei como teve forças para isso", comentou o guarda-noturno.
Eduardo Gil chamou, entretanto, a GNR e chegaram também os bombeiros, que o transportaram para o hospital Amadora-Sintra. O homem, cuja identidade não foi revelada, teve alta e está na capitania do porto de Cascais a receber apoio psicológico, apurou o JN.