O estado de saúde da auxiliar de enfermagem infetada com o vírus do ébola em Madrid melhorou durante esta sexta-feira, apesar de continuar grave, estando já a ser-lhe aplicados três tratamentos contra a doença.
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As fontes hospitalares e informação divulgada por familiares de Teresa Romero Ramos indicam que duas radiografias feitas aos pulmões da paciente confirmam melhorias, e que está "a respirar melhor".
"Está a lutar", disse uma familiar que confirmou que a informação é que parece ter ultrapassado "as horas mais difíceis" no quarto onde continua isolada no Hospital Carlos III em Madrid.
As fontes hospitalares explicam que já está a ser aplicado à paciente o terceiro tratamento, nomeadamente o Zmapp, um soro com compostos que se unem ao vírus e aumentam a eficácia do sistema imunitário do paciente.
Com alguma eficácia em testes experimentais, as doses do Zmapp que estão a ser usadas vieram expressamente da Bélgica já que as doses de que Espanha dispunha foram usadas na tentativa de tratamento do missionário Garcia Viejo, que morreu em setembro.
Além deste soro, a paciente está ainda a ser tratada com um antiviral de espetro amplo, o Favipiravir, que nunca tinha sido testado em pessoas mas que deu sinais positivos em ratos.
Continua igualmente a receber o soro de pacientes que sobreviveram ao ébola, procurando assim aproveitar os anticorpos no combate ao vírus.
Oficialmente o Hospital Carlos III, onde a mulher está internada, não revela qualquer informação sobre o seu estado de saúde, a pedido expresso da paciente, limitando-se a informar que está "estável dentro da gravidade".
As mesmas fontes recordam que o vírus do ébola tem um comportamento muito irregular no corpo humano, podendo levar a um agravamento do estado de saúde "muito rapidamente".