"Não investir na ciência é viver sempre no presente", diz cientista que levou a "Curiosity" a Marte
"Não investir na ciência é viver sempre no presente, sem pensar no futuro", disse, na sexta-feira, ao JN, Bobak Ferdowsi, o homem que colocou a sonda "Curiosity" em Marte.
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O cientista, engenheiro aeroespacial, de 34 anos, tornou-se conhecido em agosto de 2012, quando o mundo o viu em direto a comandar a chegada da "Curiosity" ao planeta vermelho, um veículo robotizado do tamanho de um carro médio que está a explorar a superfície de Marte, recolhendo fotografias e amostras para análise, entre outros aspetos, com o fim de identificar formas de vida.
O cientista, conhecido como "o moicano", pelo corte de cabelo, com madeixas loiras, falou com milhares de jovens estudantes portugueses, com encontros na Ilha de S. Miguel, em Lisboa, Aveiro, Porto e Braga.
A todos, falou da "maravilhosa aventura" que foi comandar a "Curiosity". Em Braga, na Universidade do Minho, esteve mais de uma hora a responder a perguntas, a tirar fotografias e a dar autógrafos.
"Estudem, investiguem, trabalhem e, sobretudo, comuniquem", disse.
Bobak Ferdowsi é membro da NASA. De origem iraniana, é o rosto da nova geração de cientistas do departamento de investigação espacial norte-americano. "Há uma nova geração de cientistas, jovens, que se vestem, falam e têm hábitos iguais a todos os jovens", referiu, revelando estar surpreendido com o elevado nível de inglês dos jovens portugueses.