O Presidente francês quer chegar "o mais rapidamente possível" a uma redução de 30 % das emissões de gases com efeito de estufa, adiantou hoje, quinta-feira, fonte oficial do Eliseu.
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Nicolas Sarkozy, que deverá estar na próxima semana na conferência de Copenhaga sobre o clima, fez a declaração durante uma reunião que manteve hoje em Paris com várias organizações não-governamentais (ONG) envolvidas na luta contra o aquecimento global.
"O Presidente voltou a reiterar que a França está na primeira linha para alcançar o maior compromisso possível entre os europeus: chegar a [uma redução das emissões de gases com efeito de estufa] de 30 por cento o mais rapidamente possível", assegurou o ministro francês do Ambiente, Jean-Louis Borloo.
Os 27 Estados-membros da União Europeia comprometeram-se a reduzir as emissões de gases com efeito de estufa em 20 por cento até 2020, em relação aos níveis de 1990, meta que podem alargar para 30 por cento se outros países industrializados fizerem "esforços comparáveis".
O primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, é outras das vozes na Europa que quer que a UE assuma esse compromisso, defendendo que os países têm de ser "tão ambiciosos como proclamam".
No entanto, o primeiro-ministro sueco e presidente em exercício da UE, Fredrik Reinfeldt, considerou, numa mensagem divulgada quarta-feira, que os cortes anunciados pelos Estados Unidos são ainda "insuficientes" para que a Europa possa aumentar já a sua meta de redução de emissões para 30 por cento.
Reinfeldt garantiu também que essa decisão "não será tomada" no Conselho Europeu que se realiza entre hoje e sexta-feira em Bruxelas e onde se prevê que os líderes europeus discutam assuntos relacionados com as negociações que decorrem em Copenhaga.
Segundo as ONG que se reuniram hoje com Nicolas Sarkozy, o Presidente francês garantiu ainda que vai desenvolver os esforços necessários para criar um organismo mundial do ambiente, que terá como missão monitorizar a concretização das promessas que saiam da conferencia da ONU sobre o clima.
Delegações de 192 países estão reunidas até 18 de Dezembro na capital dinamarquesa naquele que é já considerado o maior e mais importante encontro de sempre sobre o clima.
O objectivo é chegar a um consenso em relação a um texto para um acordo legalmente vinculativo, que concretize os objectivos necessários para assegurar que o aquecimento global não será superior a dois graus centígrados em relação à era pré-industrial.