A Organização Mundial de Saúde vai reforçar a luta contra o vírus do Ébola com a disponibilização de 500 camas suplementares em Monróvia, capital da Libéria, o país africano mais afetado pela epidemia.
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Em comunicado emitido este sábado, após a visita de responsáveis da organização à capital liberiana, a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou que, em cooperação com a Organização das Nações Unidas (ONU) e com o Governo da Libéria, será "intensificada a resposta ao vírus do Ébola, injetando novos recursos".
A OMS sublinhou, contudo, que o número de camas "é insuficiente" face ao crescente número de pacientes, porque a epidemia desestabilizou o sistema de saúde e criou tensões no seio da sociedade.
"É por isso que a OMS se empenhou em intensificar o seu trabalho com os seus parceiros, para construir centros de cuidados adicionais, aumentando o número de camas nas próximas seis semanas", disse Keiji Fukuda, da OMS.
Na sexta-feira, Fukuda afirmou à imprensa em Monróvia que, comparando esta epidemia com uma anterior, "seis a nove meses é uma estimativa razoável para se erradicar o surto de ébola."
Segundo a OMS, até 20 de agosto foram detetados 1.082 casos de Ébola na Libéria, os quais provocaram 624 mortes.
Em África, em países como Serra Leoa e Nigéria, a febre hemorrágica já fez 1.427 mortes.