O número de casamentos voltou a baixar em 2011, aumentou a idade média para casar e diminuiu a proporção de famílias com filhos, segundo os indicadores sociais do Instituto Nacional de Estatística.
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Relativamente a 2010, foram celebrados menos 9,9% de casamentos em 2011, tendo as uniões religiosas diminuído 15% e os civis 6,2%, que inclui os casamentos celebrados entre pessoas do mesmo sexo (324).
A idade média ao primeiro casamento continuou a aumentar, situando-se em 31 anos para os homens e 29,5 anos para as mulheres. No ano anterior estes valores eram, respetivamente, de 30,8 e 29,2 anos.
Em 2011, foram decretados 26751 divórcios respeitantes a casais residentes em Portugal, informa o Instituto Nacional de Estatística (INE), que traça "um retrato social de Portugal" nos últimos anos.
Os dados do INE indicam que, aproximadamente, metade das famílias eram constituídas por uma ou duas pessoas e cerca de 75% tinham, no máximo, três pessoas.
A proporção de famílias com filhos continuou a descer, representando 55,2% do total de famílias em 2011, menos 0,2 pontos percentuais (p.p.) relativamente ao ano anterior.
Fazendo uma análise em termos evolutivos entre 2005 e 2011, o INE refere que a proporção de famílias com filhos passou de 57,8% para 55,2%.
Já o número de casamentos celebrados passou de 48671 para 36035.
A idade média ao primeiro casamento aumentou para os dois sexos, passando de 28,9 para 31 anos, no caso dos homens, e de 27,3 para 29,5 anos, no caso das mulheres.
Os mesmos dados indicam que a população residente em 31 de dezembro de 2011 foi estimada em 10541 milhões de pessoas, sendo a relação de masculinidade de 91,3 homens por cada 100 mulheres.
O número de nados-vivos e o número de óbitos diminuíram, respetivamente, 4,5% e 2,9%, quando comparados com os do ano anterior. "Destas evoluções resultou um saldo natural negativo de 5986 pessoas", refere o INE, acrescentando que o saldo migratório foi também negativo (menos 24331 pessoas).
A proporção de nados-vivos ocorridos fora do casamento situou-se em 42,8%, o que representa um aumento de 1,5 pontos percentuais relativamente a 2010.
O número de nados-vivos de mães adolescentes voltou a diminuir situando-se em 3,8%.
A esperança média de vida à nascença continuou a aumentar tanto para os homens como para as mulheres atingindo, respetivamente, 76,47 e 82,43 anos.
Em termos evolutivos (2005 a 2011), O número de nados-vivos diminuiu 11,5% e o número de óbitos diminuiu 4,3%.