Prejuízos mundiais do mau tempo ascendem a 91 mil milhões

"Os efeitos das alterações climáticas têm vindo a expor Portugal cada vez mais a intempéries de maior envergadura, como temos assistido nos últimos dias, com o mau tempo e a forte ondulação a afetar zonas ribeirinhas de norte a sul do país, tendo provocado danos significativos em muitos apoios de praia e estabelecimentos de restauração", realçou em comunicado a seguradora Zurich, que cita números globais da alemã Munich Re.

Segundo a entidade, "a região Norte foi uma das zonas mais afetadas mas também se registaram prejuízos significativos em diversos apoios de praia na região centro, na região de Lisboa, na margem sul do Tejo e no Algarve. Mas fenómenos anteriores, como o ocorrido na Madeira, em 2010, já haviam alertado para os efeitos das alterações climáticas".

No entanto, acrescentou, "ainda que o negócio possa não estar localizado numa zona crítica, através dos fornecedores ou parceiros habituais, haverá provavelmente algum impacto que poderá gerar perdas significativas".

Daí, de acordo com Edgar Lopes, responsável pela divisão do risco da Zurich em Portugal, "os empresários devem apostar na prevenção para reduzirem eventuais impactos das intempéries nos seus negócios".

E reforçou: "Apesar de Portugal não ser tradicionalmente um país onde os riscos são mais elevados, estamos a viver situações que demonstram que este tema deve constar do planeamento das empresas, pois só desta forma se conseguem minimizar riscos".

Isto, porque as situações climatéricas adversas, nos casos mais extremos, podem ter um impacto significativo na rentabilidade de um negócio.

Como tal, "os empresários devem contemplar nos seus objetivos a implementação e permanente atualização de um plano de contingências e de continuidade do negócio, de forma a estarem melhor preparados quando este tipo de fenómenos ocorre", concluiu a Zurich.