A Sociedade Portuguesa de Matemática considerou que a prova de aferição do primeiro ciclo do básico estimulou bem o raciocínio dos alunos mas não prestou atenção suficiente aos cálculos aritméticos.
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Em comunicado, a Sociedade Portuguesa de Matemática (SPM) critica particularmente que as multiplicações tenham sido "demasiado simples" e que não tenha havido divisões na prova.
"São pontos centrais do programa, nos quais os alunos investem um tempo considerável", argumenta a SPM, afirmando temer que a fraca avaliação na prova possa ser interpretada como "devalorização tácita" daquelas matérias.
No geral, a SPM saúda que as questões da prova de aferição mostrem "vontade em romper com os padrões de avaliação de há uns anos", deixando de lado "itens demasiado triviais" ou enunciados "com pouco ou nenhum interesse".
Pelo contrário, os alunos foram confrontados com "vários itens bastante interessantes que obrigam à elaboração de raciocínios de vários passos", considera a SPM.
Numa apreciação global, a SPM afirma esperar que se mantenha "a consolidação da adequação desta prova" aos conhecimentos dos alunos nos próximos anos.
Outro ponto negativo que a SPM assinala é a inclusão na prova de "três questões que admitem um número infinito de respostas corretas", o que consideram "indesejável neste nível de ensino".
Mais de cem mil alunos do 4.º ano do Ensino Básico realizaram, esta sexta-feira, a prova de aferição de Matemática, depois de, na quarta-feira, terem testado os conhecimentos de Língua Portuguesa.
É o último ano que estas provas não contam para nota, destinando-se apenas a diagnosticar o grau de consolidação das aprendizagens.