O desconhecimento das causas que originaram o surto de infecções relacionadas com a bactéria E.coli na Europa, levaram já a União Europeia a afirmar que é importante perceber as causas da epidemia.
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O comissário europeu para a área da Saúde e Defesa do Consumidor, Jonh Dalli, admitiu, em conferência de imprensa realizada em Bruxelas, que a União Europeia está a "enfrentar uma crise grave e é necessário identificar rapidamente a fonte da contaminação".
Depois de as autoridades alemãs terem afastado a exportação de pepinos de Espanha como origem do surto, John Dalli afirma que "não será fácil" identificar a fonte da epidemia.
O período de incubação da bactéria E.coli pode demorar cerca de dez dias até se manifestar, avançam especialistas da Comissão Europeia.
Em França foi, entretanto, criado um comité de crise, composto pelo Instituto de Prevenção Sanitária, pela Direcção-Geral de Saúde e pela Direcção-Geral da Concorrência e de Repressão de Fraudes.
O objectivo do comité passa pelo acompanhamento da evolução da bactéria, afirmou, esta quarta-feira, François Baroin, porta-voz do Governo francês, citado pela Lusa.
François Baroin reforçou a importância de identificar rapidamente "a origem", "a fonte e o meio de transmissão" da epidemia que atinge a Europa e já causou a morte a 16 pessoas.
O surto que afecta a Europa é responsável por uma quebra do consumo de legumes e, consequentemente, por inúmeros prejuízos aos hortofruticultores. Até agora, os espanhóis são os mais afectados, com prejuízos que rondam os 200 milhões de euros. Porém, também os produtores alemães são afectados pela crise, com 20 milhões de euros de prejuízos.