Ricardo Pacheco é um dos jogadores profissionais mais conhecidos do panorama português, dominando no CS:GO.
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Nascido em Guimarães, o atleta português de e-Sports Ricardo Pacheco, também conhecido por "Fox", já tem uma carreira além-fronteiras, dedicada ao jogo "Counter strike: global offensive" (CS:GO). Conta com passagens por várias equipas, alinhando agora pela Giants Gaming, onde é o capitão, num grupo dominado por jogadores portugueses.
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O interesse de Fox pelo Counter Strike começou ainda nos bancos da escola. Anos depois, o jogador foi obrigado a escolher entre uma carreira no mundo dos jogos ou o motorcross. O circuito dos jogos eletrónicos venceu o duelo.
Mesmo com vários anos de atividade a nível profissional, o atleta consegue precisar o momento em que percebeu que a área dos jogos representava uma carreira. "Penso que foi em 2015, quando assinei pela primeira organização internacional. Na altura, o Team Kinguin foi o primeiro salário em que olhei para o montante e pensei "isto, sem mais nada, dá para fazer vida em Portugal"". O atleta sublinha, sem desprimor aos "bons contratos oferecidos em Portugal", que nenhum era comparável à remuneração no panorama internacional. "Foi aí que percebi que os e-Sports estavam a crescer como um todo e que podia ser um caminho profissional realista e exequível".
Margem para crescer
Sendo um dos jogadores profissionais mais experientes, Ricardo Pacheco olha para a evolução do gaming em Portugal como "positiva", mas ainda "insuficiente". "Penso que não estou errado em dizer que a única equipa totalmente profissional em Portugal no CS:GO, além da nossa, é a dos Offset, portanto, apenas duas equipas totalmente profissionais acaba por saber a pouco". Fox destaca as melhorias ao nível de torneios de jogos em Portugal e a capacidade de trazer ao país equipas de e-Sports relevantes no panorama internacional, algo que destaca como "importante para o desenvolvimento do cenário do "gaming"". Na mesma equação para o crescimento do panorama de gaming profissional em Portugal entra "uma boa liga, como a Master League Portugal".
Ainda assim, acredita que há espaço para crescimento, especialmente com os apoios certos. "Há necessidade de haver maior apoio de marcas fortes fora dos e-Sports e que queiram entrar neste ramo, porque sem esse "backing" financeiro torna-se impossível fazer torneios apetecíveis cá em Portugal". E, com a expansão da área dos jogos a nível internacional, Ricardo Pacheco diz que "as marcas já perceberam que os e-Sports são um ramo em crescimento monstruoso", especialmente para marcas fora do setor tecnológico. "Há empresas que veem neste ramo uma forma de se dar a conhecer ao mercado e criar novas fontes de receita, mesmo que o produto ou serviço que vendam não tenha nada a ver com o gaming em si.