O porta-voz do PAN acusou, nesta manhã de segunda-feira, o presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) de "negacionismo". Em causa, declarações de Eduardo Oliveira e Sousa que associa "quem é contra a carne de vaca" ao "mundo da droga.
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"Quem é contra a carne de vaca são pessoas que nascem, vivem, trabalham e se divertem em ambiente urbano. É o mundo da noite e da droga". Foi essa a visão que o presidente da CAP, Eduardo Oliveira e Sousa, transmitiu numa entrevista ao Jornal i, que fez André Silva saltar da cadeira, lamentando que "um pilar tão importante da economia nacional" como o da agropecuária esteja representado por alguém que ainda não chegou ao século XXI.
"Já estamos habituados a essas declarações absolutamente inadequadas de pessoas como o presidente da CAP, que vive noutro tempo e que claramente tem uma perspetiva negativista", reagiu o porta-voz do Pessoas-Animais-Natureza (PAN), numa ação de contacto com a população, nesta manhã de segunda-feira, em Vila Nova de Gaia. O presidente da CAP disse ainda que não era periquito, nem tubo de ensaio para deixar de comer carne de vaca.
Para André Silva, declarações como as de Eduardo Oliveira e Sousa representam uma negação de evidências científicas sobre os impactos ambientais da produção agropecuária. "Infelizmente, é o único setor que está preso ao passado e a teorias negacionistas", comentou André Silva, lamentando que a agropecuária esteja representada por alguém "que ainda não chegou ao século XXI".
André Silva acredita, contudo, que com as gerações seguintes será possível chegar a um bom diálogo, como garante que o seu partido sempre preconiza, e discutir "formas de produção alimentar mais sustentável e que possa promover a saúde e não a doença".