Nuno Melo está confirmado como ministro da Defesa, uma das pastas mais prementes do ponto de vista europeu, com um programa que não garante 2% de investimento exigido pela NATO.
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O programa da AD para a Defesa não garante o cumprimento da meta de investimento de 2% do PIB naquele ministério, apesar de Portugal ter esse compromisso assumido com a NATO. A AD compromete-se a “aumentar o investimento em Defesa”, mas apenas “aproximando o valor” aos 2% prometidos por todos os países que integram a organização militar defensiva. O Governo anterior tinha como meta chegar aos 2% em 2030.
A gestão deste orçamento é uma das tarefas que terá Nuno Melo, líder do CDS-PP, de 58 anos, até agora eurodeputado. Nascido em Joane, Famalicão, Nuno Melo já representou o CDS-PP enquanto líder parlamentar, deputado em três legislaturas e era eurodeputado desde 2009. Desde 2022 que é presidente do partido.
Segundo o programa da AD, Nuno Melo também terá como meta a inversão da curva descendente que se verifica no recrutamento para as Forças Armadas, por via de uma promessa de “melhoria significativa” das condições salariais dos praças.
Nuno Melo terá ainda como missão reduzir o número de veículos e equipamentos que estão inutilizados, bem como a manutenção das capacidades inerentes a um conflito, tendo em conta o contexto de guerra na Europa, com a invasão da Rússia à Ucrânia.
O programa da AD compromete-se ainda a rever todos os planos de exercícios militares para integrar elementos relativos à ciberdefesa que é uma área em que o novo Governo pretende reforçar.
Por fim, relativamente aos ex-combatentes, o compromisso é o de “avaliar o aumento dos apoios que lhe são concedidos”.