Professor de teatro acusado de abusar de alunas diz que usa "método de ensino universal"
O professor de Religião e Moral que dirige um grupo de teatro escolar em Famalicão e começou a ser julgado por 87 crimes de abuso sexual de 15 alunas diz-se inocente. Não falou hoje aos juízes, mas, em comunicado, disse que o seu método de ensino de teatro é “universal” e não implica “qualquer abuso ou distorção”.
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O Ministério Público (MP) acusou o professor Fernando Silvestre, da Escola Secundária Camilo Branco, em Famalicão, de abusar sexualmente de 15 alunas, com idades entre os 14 e os 17 anos, entre 2014 e 2019, sobretudo nos ensaios da companhia de teatro “O Andaime”, que fundou no estabelecimento de ensino e da qual era encenador. Além dos ensaios, a acusação fala em abusos durante uma deslocação a um festival em Penafiel.
O processo começou com uma denúncia anónima que o professor disse na fase de instrução do processo, ter sido uma combinação para arrasarem a sua reputação e da companhia de teatro. De resto, nessa altura, o professor de moral negou tudo e disse estar a ser vítima de uma “cabala” de alunas que se sentiram “rejeitadas ou trocadas” enquanto atrizes e decidiram vingar-se.