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A tão anunciada transferência do terminal rodoviário do Arco do Cego para Sete Rios, em Lisboa, que deveria ter ocorrido pouco depois da Páscoa, tem vindo a ser sucessivamente adiada, sem que sejam apresentadas justificações.
Em Março, Fernando Antunes Rosa, director da Rede Nacional de Expressos (RNE), entidade responsável pela construção do terminal provisório, disse ao JN que as obras de adaptação das antigas instalações do Metro, em Sete Rios, estavam «prestes a arrancar» e que deveriam terminar dali «a duas semanas». O que não aconteceu. Os trabalhos estão orçados em cerca de dois milhões de euros.
A última data apresentada pela Câmara de Lisboa, com base em informações prestadas pela RNE, apontava para finais deste mês, mas fonte da Rede Nacional de Expressos referiu ao JN que «as obras estão ainda muito atrasadas», pelo que a transferência deverá ser novamente adiada.
O JN sabe que o constante adiamento da mudança do terminal rodoviário do Arco do Cego para Sete Rios está a causar algum incómodo na Câmara de Lisboa, que já anunciou estar à espera da transferência para reconverter aquela zona num jardim e transformar alguns dos edifícios em espaços culturais e comerciais.
Apesar das várias tentativas, não foi possível obter quaisquer esclarecimentos sobre esta matéria junto dos responsáveis da Rede Nacional de Expressos.
Esta transferência será provisória, até estar concluído o local de paragem definitivo. Este será edificado ao lado, no antigo Parque de Material e Oficinas do Metropolitano, entre a Estrada das Laranjeiras e a Praça General Humberto Delgado. Fátima Mariano