O pintor e artista plástico Noronha da Costa morreu, esta quinta-feira, aos 77 anos.
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Segundo o "Expresso", que cita a filha do artista, Rita Noronha da Costa, o pintor estava internado no Hospital Egas Moniz, em Lisboa.
Luís Noronha da Costa, nascido em Lisboa, em 1942, fez o curso de arquitetura na Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa, e expôs individualmente pela primeira vez em 1962, em Lisboa, Paris e Munique.
Noronha da Costa participou, em 1969, na Bienal de S. Paulo e representou Portugal na Bienal de Veneza de 1970.
As suas primeiras obras de relevo eram sobretudo colagens, depois dedicou-se à criação de objetos, com espelhos e vidros para produzir efeitos espaciais, passando, no final da década de 1960, a criar pintura de imagens com vistas através de um ecrã desfocante.
A Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, dedicou-lhe uma retrospetiva em 1983.
Em 1999 foi-lhe atribuído o Prémio Europeu de Pintura pelo Parlamento Europeu e, em 2003, venceu o Prémio AICA, Associação Internacional de Críticos de Arte, em Lisboa.
Em 2017, quando celebrava 50 anos de carreira artística, reuniu 35 obras do seu percurso, sobretudo peças da coleção pessoal, na Casa-Museu Medeiros e Almeida, em Lisboa, na exposição "Isto não é só um écran - Noronha da Costa -- 50 anos de pintura (1967-2017)", com curadoria de Bernardo Pinto de Almeida.
A obra do artista está encontra-se em coleções públicas e privadas nacionais de arte contemporânea como a da Fundação Calouste Gulbenkian, a Fundação de Serralves, o Centro Cultural de Belém, o Museu do Chiado, entre outras, e internacionais, como a Washington Gallery, nos Estados Unidos.