Amarelos, laranjas, azuis, ou vermelhos, os botes de borracha brotaram nas águas do Coura como gigantes cogumelos coloridos e animados. Este ano, os objetos flutuantes são mais do que nunca.
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O estreito caudal do rio torna-se pequeno para tantas embarcações e, amiúde, o trânsito fluvial fica tão condicionado como a EN125 ao final de um quente dia de agosto. É que além dos botes ainda há colchões, canoas, boias gigantes e até um unicórnio branco de crina e rabo arco-íris foi visto a cavalgar as águas do Coura com duas donzelas em cima.
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Se os iates têm mini-bar, os botes de Coura têm geleiras de arrasto. Ambos os métodos funcionam para manter frescas as bebidas e esse é o objetivo desejado. Porém, o navegar ao sabor da corrente plácida e tranquila do rio tem mais do que se lhe diga.
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O contraste entre as temperaturas ao sol e à sombra é muito forte. Por isso, os poucos troços soalheiros do Coura são disputados com fervor pelos festivaleiros. E, por vezes, os botes transformam-se em barquinhos de choque. Borracha embate contra borrachá à conquista do melhor lugar ao sol porque o frio da noite já é suficiente para os campistas.
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Enquanto que no Coura o engarrafamento fluvial se agravava, na margem da praia fluvial do Taboão os Box 2 Box subiam ao palco do Jazz na Relva. A formação clássica de Sara Almeida e Manuel Tavares rapidamente veio ao de cima. Ele na guitarra, ela na voz e nas percussões.
O concerto começou algo pachorrento e demasiado bucólico, até mesmo para Coura. Por vezes ganharam alguma dinâmica com a voz lírica de Sara e as cordas aditivadas de efeitos de Manuel mas nunca saíram de um registo trágico que destuouo da alegria em redor.