Cascas de kiwi, pêssego, batata ou cenoura também são para comer, diz nutricionista

Não há um bom plano alimentar sem fruta. E se isto é uma verdade que ninguém coloca em causa, importa agora perceber por que é que existem partes destes alimentos que ainda são vistos como desperdício, quando não deviam.

Mais do que a ingestão de maçãs e peras quase por inteiro já não merecer grande discussão devido aos benefícios alimentares que acarretam, outras há sobre as quais importa mudar o comportamento. "Muitas vezes, ao descascar a fruta, estamos a eliminar a parte mais nutritiva, as cascas concentram fibra, vitaminas, minerais e antioxidantes que ajudam a regular o trânsito intestinal, aumentam a saciedade e protegem as células contra o envelhecimento precoce", afirma a nutricionista Joana Martins.

A especialista revela que as "cascas de maçã, pera, kiwi, pêssego, batata ou cenoura são fontes interessantes de fibra e compostos antioxidantes", pelo que "basta lavar bem antes de consumir". Mas a especialista não se fica por aqui e junta também os citrinos a este cabaz alimentar alargado. "A casca é amarga, mas a raspa, a zona intermédia, é uma excelente forma de aproveitar os seus benefícios e dar sabor a pratos e sobremesas", lembra. E vai mais longe: "Até a parte branca da melancia pode ser usada em sumos ou saladas porque é rica em citrulina, um aminoácido com efeitos positivos na circulação."

Nutricionista Joana Martins explica quais as cascas que não devem ser ingerida e explica as razões

Afinal, refere a nutricionista, "aproveitar estas partes da fruta é uma forma simples de aumentar o valor nutricional da alimentação, de reduzir o desperdício alimentar e é um pequeno gesto com grande impacto na saúde e no planeta".

Contudo, nem todas as cascas cumprem o requisito. Por isso, Joana Martins distingue e explica que "as de manga, que podem causar alergia, ou abacaxi, por ser muito fibrosa e indigesta", podem ser deixadas de fora.