Intolerâncias alimentares e refeições em família e amigos? Três soluções que não ofendem ninguém
Verão é tempo de almoços e jantares feitos, muitas vezes, fora de casa: ora em restaurantes, ora em casa de família e amigos. Mas como conciliar problemas alimentares e intolerâncias com as celebrações quando não se pode comer tudo o que está a ser oferecido? Especialista deixa três possibilidades que não constrangem ninguém
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Pedir antecipadamente o menu quando se recebe o convite para uma almoçarada ou jantarada de verão pode não soar assim tão bem a quem convida. Por outro lado, é importante que cada vez mais se pergunte se os convidados têm ou não intolerâncias alimentares ou mesmo doença celíaca antes de ir ao supermercado comprar os ingredientes do banquete.
Para evitar situações constrangimento ou de algum mal-estar, que ainda persistem, a especialista em Saúde Intestinal e mestre em Ciências Farmacêuticas Bárbara Marrucho deixa pistas. Alternativas que podem ajudar a vencer a confusão que se instala junto das pacientes que se sentem muitas vezes incompreendidas.
"Os convívios são uma altura de conexão, no entanto, podem ser uma tortura para quem sofre com estas condições", confirma a autora do novo livro Plano para Acabar com a Inflamação (editora Planeta). Por isso, Bárbara Marrucho sublinha que, "em primeiro lugar, é fundamental que a pessoa se sinta segura e confiante na sua escolha alimentar", que saiba "explicar com clareza o que pode ou não consumir e ter alternativas planeadas". "Muitas vezes, quando se assume essa postura com naturalidade, os outros também começam a encarar com mais normalidade", analisa a especialista.
Para a mestre em Ciências Farmacêuticas não faz sentido faltar a convívios apenas porque se tem uma condição de saúde específica. Recomenda por isso que, "se for convidada para uma refeição, pode, por exemplo, sugerir levar um prato que todos possam comer e que também seja seguro para si".
"Em jantares com amigos ou família, isso evita o desconforto de ter de recusar comida e ainda mostra que comer sem glúten é supernormal e bom na mesma", refere. E acrescenta: "outra sugestão, é escolher restaurantes onde existam opções sem glúten, torna muito mais fácil o convívio e a conversa não será apenas sobre o que pode ou não comer e assim garante que não passa fome." Em viagem, Bárbara Marrucho lembra a utilidade de "levar alguns snacks seguros, como frutos secos, bolachas de milho ou arroz, fruta, para garantir alternativas em situações imprevistas".