"Phishing", "pharming" ou "spoofing". Iniciativa quer combater a fraude nos pagamentos online
Cada vez mais sofisticadas e difíceis de detetar, as fraudes que envolvem pagamentos 'online' e usurpação de dados confidenciais e bancários têm vindo a aumentar. A Associação Portuguesa de Bancos lança esta segunda-feira, 22 de setembro, uma campanha de sensibilização contra fraudes num sistema que ainda é considerado seguro
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Encomendar, resolver e pagar são operações que estão cada vez mais simplificadas e rápidas devido à internet. Esta facilidade expõe, porém, cada vez mais os utilizadores a eventuais fraudes, num sistema de transações que, em Portugal, é considerado seguro e com valores abaixo da média na Europa.
Numa altura em que as denúncias de phishing, pharming, spoofing e impersonation sobem, a Associação Portuguesa de Bancos (APB) lança, nesta segunda-feira, 22 de setembro, a campanha "Não passes cartão à fraude", que estará presente em televisão, rádio, imprensa e meios digitais. O objetivo é sensibilizar para a população para os riscos com fraude 'online' numa realidade em que os ataques estão cada vez mais sofisticados. Se o phishing consiste em levar os utilizadores a fornecerem informações confidenciais, como palavras-passe e dados financeiros, através de mensagens fraudulentas ou sites falsos, o spoofing envolve a falsificação de informações, identidades ou origens de dados para enganar sistemas e obter acessos indevidos, assumindo a personalidade do utilizador lesado (impersonation). O pharming, numa combinação entre phishing e farmi(cultivo), implica a manipulação de um site seguro em que as informações confidenciais são roubadas e posteriormente usadas.
O objetivo é promover comportamentos seguros e incentivar medidas de prevenção como a verificação prévia de "links", refere a APB citada pela agência Lusa, não partilhar dados pessoais ou bancários e a validação de contactos.
Citado no comunicado, o presidente da APB, Vítor Bento, assinalou que os bancos sabem que "a fraude evolui e se reinventa constantemente", apesar do setor ter aumentado o investimento em tecnologias de proteção e de segurança.
"Esta campanha é um passo fundamental para reforçar a literacia digital e financeira da população e para lembrar que todos temos um papel a desempenhar na prevenção. Não passar cartão à fraude é proteger não só o nosso dinheiro, mas também a confiança no sistema financeiro", disse o responsável.