Número de vítimas mortais aumentou no primeiro semestre do ano face a período homólogo de 2024, e são já 13, onze delas mulheres. De abril a junho deste ano, chegaram à PSP e à GNR 7713 novas ocorrências por violência doméstica, mais de 86 queixas por dia. O número de reclusos continua a subir e são já 1461 no total: 395 em preventiva e 1066 efetiva.
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O número de queixas por violência doméstica está a aumentar depois de uma ligeira quebra. De abril a junho deste ano, a Polícia de Segurança Pública e a Guarda Nacional Republicana receberam 85,7 queixas por dia, totalizando 7713 denúncias que chegaram às autoridades. Estes valores representam um aumento face ao primeiro trimestre, trazendo um acréscimo de 657 queixas, segundo informa o Portal da violência Doméstica, da Comissão para Cidadania e Igualdade (CIG). Contudo, o volume de registos indica uma quebra de 70 casos face a período homólogo, o segundo trimestre de 2024.
No que diz respeito a homicídios voluntários em contexto de violência doméstica, neste segundo trimestre do ano, cinco mulheres e um homem perderam a vida em contexto de intimidade. Somados estes valores com os do primeiro trimestre, juntos suplantam as perdas registadas em período homólogo, em 2024.
O número de mulheres acolhidas na Rede Nacional de Apoio às Vítimas de Violência Doméstica desceu ligeiramente, das 741 no primeiro trimestre para as 733 no segundo, sucedendo igual movimento com as crianças recebidas em casas-abrigo. Já nos homens, esse valor subiu entre o primeiro e segundo trimestre, dos 22 para os atuais 25, o segundo valor mais alto desde o primeiro trimestre de 2022.