Têm entre 12 e 17 anos e são as mais novas líderes mundiais segundo a revista 'Time'
Inovadoras, ativistas, desportistas, educadoras científicas. A revista norte-americana 'Time' acaba de anunciar as mais novas dez líderes mundiais que têm apenas entre 12 e 17 anos. Conheça-as
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Aos 12 anos, a escocesa Rebecca Young inventou uma mala a energia solar com mantas que aquecem sem-abrigo à noite. Com a mesma idade, a alemã Clara Proksch descobriu a melhor foram de limpar a areia dos parques infantis - e não é com água -, e a norte-americana Naomi s. DeBerry escreveu um livro infantil sobre como lidar com transplante de rim.
Surge, pela primeira vez, lista de 'Raparigas do Ano' que é elaborada pela icónica revista norte-americana Time e Rebecca, Clara e Naomi são as mais novas de dez meninas eleitas e que já têm voz firme e trabalho feito nas suas comunidades e com projeção mundial.
Entre as selecionadas estão também "Rutendo Shadaya, 17 anos, defensora de jovens autores na Nova Zelândia, Coco Yoshizawa, 15 anos, medalhista de ouro olímpica no Japão, Valerie Chiu, 15, educadora científica global na China e Zoé Clauzure, 15, defensora anti-bullying em França", elenca o comunicado enviado às redações nesta quinta-feira, 14 de agosto, pela Lego, empresa que integra esta parceria com a Time. As restantes homenageadas - prossegue a nota enviada às redações - são "Ivanna Richards, 17 anos, piloto de corridas que derruba estereótipos no México, Kornelia Wieczorek, 17, inovadora em biotecnologia na Polónia e Defne Özcan, 17, piloto pioneira na Turquia".
"Estas meninas fazem parte de uma geração que está a remodelar a forma como hoje a liderança se apresenta... A sua geração compreende que a mudança não exige esperar pela idade adulta - começa por ver os problemas e recusar-se a aceitá-los como permanentes",refere em comunicado a editora sénior da revista Time. Dayana Sarkisova sublinha que "As Girls of the Year [As raparigas do ano, em tradução literal e uma listagem feita à semelhante Mulheres do Ano] provam que mudar a sua comunidade e inspirar as pessoas ao seu redor pode ter efeitos em cascata por todo o mundo".
Trata-se de "um passo para dar à próxima geração os modelos que merecem, reconhecendo jovens mulheres que, à escala global, não estão apenas a imaginar um mundo melhor, mas a criá-lo ativamente", justifica a diretora de produto e marketing do grupo Lego. Julia Goldin crê que "estas histórias inspirem uma futura geração de imparáveis mulheres construtoras a sonhar bem alto e continuar a deixar a sua marca no mundo" e lembra que "quando as meninas não conseguem ver, não acreditam - o mundo corre o risco de perder o próximo grande avanço. Não há como parar o que as meninas podem construir".
Recorde-se que um estudo recente publicado pela empresa dinamarquesa de brinquedos concluiu que "as conquistas das mulheres permanecem em grande parte invisíveis para as crianças". Segundo a investigação, que reuniu respostas de 32.605 pais e crianças em 21 países, os mais pequenos "têm duas vezes mais probabilidade de atribuir grandes invenções a homens - com a maioria a acreditar que o Wi-Fi (69%), os congeladores (63%) e até o software para a aterragem na Lua (68%) foram inventados por homens, quando, na verdade, todos foram pensados, de forma pioneira, por mulheres".