O ciclista (W52-FC Porto) vencedor da Volta a Portugal em 2019 lamentou, esta quinta-feira, o adiamento, para data a determinar, da 82.ª edição, uma "má notícia" que coloca em perigo toda a modalidade no país.
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"Foi uma má notícia. Ficámos todos um pouco aborrecidos, já estamos todos a treinar para a Volta, com muito trabalho adiantado. [...] A notícia do adiamento, sem data definida, preocupa-nos, porque todo o trabalho, não é que tenha sido em vão, porque aproveitamos sempre, mas vamos levantar um bocadinho o pé na preparação", considerou.
Depois de a pandemia de covid-19 já ter afetado grande parte do calendário, deixando apenas algumas provas 'de pé' a partir de 5 de julho, com a Volta como principal momento do ano, este adiamento e a possibilidade de não se realizar em 2020 mostra que este é um ano "complicado".
"Nós gostaríamos de ter mais competições, mas em primeiro lugar está a saúde. [...] Para nós, é complicado, porque queremos competir, a competição faz parte da nossa vida", comentou.
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O ciclista de 25 anos, natural de Faro, aponta mesmo para a possibilidade de "muitas equipas acabarem" se a Volta a Portugal não se realizar este ano, provocando "muito desemprego no ciclismo".
"Os patrocinadores, não tendo visibilidade, não investem, e dependemos dos patrocinadores. Vai ser muito complicado. Já está a ser, mesmo que a Volta se realize. Vai ser muito difícil para muitos atletas e equipas manterem-se em 2021, quanto mais sem a Volta", acrescentou.
O campeão da prova em 2019 afirmou ainda que não tem dúvidas de que um possível cancelamento desta edição causará "um grande tombo no ciclismo nacional".
A 82.ª Volta a Portugal em bicicleta, que estava prevista de 29 de julho a 9 de agosto, foi esta quinta-feira adiada para data a determinar, devido à pandemia de covid-19, anunciou a organização.