Depois de Filippo ter feito história no AC Milan, o irmão mais novo prepara-se para conquistar o “Scudetto” com o Inter.
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Bem vistas as coisas, há que prestar homenagem à genética que foi generosa e diplomática a repartir os bons genes futebolísticos pelos dois irmãos. Enquanto jogadores, um andou sempre na sombra do outro, mas os papéis inverteram-se quando ambos decidiram tornar-se treinadores e agora é o mais novo quem assume maior protagonismo. Por outro lado, também eles foram magnânimos e distribuíram-se por diferentes clubes e contextos, ao ponto de só muito raramente – nos primeiros anos, ainda adolescentes e nas ruas de Piacenza, e uma única vez na seleção italiana – defenderem o mesmo lado. Filippo marcou golos e conquistou títulos pela Juventus e pelo AC Milan, já Simone fez o mesmo com a camisola da Lazio, como jogador e treinador, levando mais tarde essa aura vencedora também para Milão, mas para o outro lado de uma das grandes rivalidades do Calcio.
Depois de amanhã, a partir das 19.45 horas, em mais um “Derby della Madonnina” disputado em San Siro, o Inter de Milão pode confirmar a conquista do “scudetto” e quando isso acontecer – os “nerazzurri” têm 14 pontos de avanço sobre os “rossoneri” a seis jornadas do fim da Serie A – tal significará que o apelido Inzaghi ganhará ainda mais protagonismo em Milão, agora para benefício dos interistas, que passaram anos e anos a denegri-lo ou não tivesse Pippo representado os dois grandes rivais, entre 1997 e 2012. Três anos depois de ter sido contratado para tentar limpar o bom nome da família junto dos adeptos do Inter de Milão, após cinco temporadas bem sucedidas na Lazio, Simone, de 48 anos, está na iminência de ser campeão italiano pela primeira vez como treinador e com isso assumir-se, para os “nerazzurri” como uma lenda ao nível do que o irmão é para o AC Milan.