<p>Benfica empata e perde três jogadores para a recepção ao F. C. Porto.</p>
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Nuno Gomes salvou o Benfica de uma derrota certa ao minuto 90+2, num jogo em quase tudo correu mal às águias. O empate foi um mal menor. Di María, Fábio Coentrão e Ramires não alinham com o F. C. Porto.
O jogo estava quase a terminar e o pesadelo desabava sobre os lisboetas. Mas, com o pé direito, Nuno Gomes devolveu alguma confiança. E o empate que permite ao Benfica receber o F. C. Porto, de hoje a oito dias, à frente do rival do Norte.
A origem de uma má exibição e do empate, afinal um mal menor, pode ser explicada sob diversos ângulos. O primeiro é evidente - a águia jogou, inexplicavelmente, sobre brasas, com a recepção ao F. C. Porto na cabeça. O custo pode ser alto, dado que deverá, hoje, permitir aos dragões e ao Sporting de Braga tirarem óbvios dividendos.
Além do nervosismo, a equipa de Jesus jogou órfã de Pablo Aimar - lesionou-se, no treino da manhã -, peça fulcral na organização. Ainda antes do intervalo, perdeu mais duas pedras importantes do meio-campo. Di María foi expulso num lance evitável e Ramires lesionou-se, com aparente gravidade. Notou-se também um obstáculo que o Benfica ainda não conseguiu tornear esta temporada. Depois de sofrer um golo, voltou a não ter estofo mental para dar a volta ao resultado. Aconteceu pela sexta vez. Preocupante...
Como um mal nunca vem só, o Benfica perdeu três jogadores para o clássico. Além das situações de Di María e de Ramires, Fábio Coentrão viu o quinto cartão amarelo. Uma situação complicada e que pode ter influência directa no jogo com o campeão.
À excepção da expulsão de Djalmir, o período inicial correu muitíssimo bem aos algarvios, fruto, sobretudo, dos encarnados terem apresentado enormes deficiências a defender, nos lances de bola parada.
Tanto Carlos Fernandes como Toy apareceram sozinhos nos golos do Olhanense. E David Luiz deu a sensação de estar preocupado em não ver o quinto amarelo da época, encolhendo-se frequentemente.
O enorme frango de Ventura, bem aproveitado por Saviola, deu a sensação de que as águias iriam definitivamente para a frente do marcador. Uma ilusão. Os jogadores encarnados perdiam-se em lances fugazes. O lance de Di María é paradigmático. Ao verificar que o jogo estava quente, deveria ter mantido a cabeça fria.
Com tantos problemas em campo, o técnico operou várias mudanças no decorrer da segunda parte. As entradas de Felipe Menezes e de Weldon visavam dar maior profundidade e velocidade ao conjunto, mas pouco ou nada se viu. Apenas o lance salvador do capitão Nuno Gomes.
O Olhanense conquistou merecidamente um ponto. Acabou o jogo com nove elementos, em sacrifício, mercê da expulsão de Miguel Garcia. Os encarnados só podem queixar-se de si próprios: o nervoso miudinho foi o grande responsável pelo fraco rendimento.