O treinador do F. C. Porto garantiu, esta quinta-feira, que quer vencer, em campo, a segunda parte do jogo com o Estoril, interrompido ao intervalo por questões de segurança, mas lembrou que o clube tem todo o direito a lutar pelo cumprimento das regras disciplinares.
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No entanto, para já a atenção está totalmente focada no duelo de sexta-feira (21 horas), com o Tondela, no Dragão.
"Nós, treinadores e jogadores, temos sempre vontade de jogar, ganhar o jogo e, neste caso, dar a volta ao resultado. Queríamos muito entrar no segundo tempo, mas há regras, há regulamentos que temos de respeitar e, pelos vistos, não havia um nível de segurança ideal. Mais importante do que qualquer resultado, é a vida das pessoas. Nem é um caso, é inequívoco", começou por dizer Sérgio Conceição.
"Sempre fui habituado a ganhar os jogos dentro das quatro linhas e se tivermos de fazer os 45 minutos, vamos dar tudo", garantiu Sérgio Conceição, admitindo que o resultado ao intervalo na Amoreira (1-0 para o Estoril) não agrada minimamente. "Vou confessar uma coisa: estar a perder 1-0, para mim, deixa-me com uma azia dos diabos, mas é o que é. Queria acabar o jogo, ganhar e estar no primeiro lugar, mas não foi possível. Havia coisas mais importantes do que ganhar o jogo", realçou.
O técnico admitiu, também, que a primeira parte não correu como esperado e comentou um "caso nacional" em relação à partida com o Estoril: "Depois dos primeiros 45 minutos, é fácil ver o que correu bem e menos bem. Pelo que conheço do Estoril, achei que o melhor era explorar largura e profundidade e, nesse sentido, pensei que o Layún e o Ricardo davam essa verticalidade. Agora, depois da primeira parte, se me perguntarem se foi correto, não, não foi correto. Sou treinador, às vezes acerto, outras vezes não. É com esses erros que aprendemos e crescemos", lembrou.
Admitindo "alguma preocupação" pelo facto de a equipa ter sofrido golos nos últimos cinco jogos, Conceição referiu que isso foi tema de conversa com o plantel e está convencido que o rendimento vai melhor, já com o Tondela, equipa que pode criar dificuldades no Dragão.
Sem bocas para Tondela
"Claro que espero um Tondela capaz de criar problemas e as vitórias nas Aves e em Guimarães demonstram bem isso", explicou, aproveitando para esclarecer as criticas que fez, esta época, ao Tondela, depois do jogo com o Benfica. "Falei de equipas que mudavam a sua estrutura e isso acontece com todas, incluindo o F. C. Porto. Tenho todo o respeito pelo Pepa, falei sobre isso com o diretor desportivo do Tondela e garanti-lhe que não foi para, e desculpem a expressão, mandar uma boca ao Tondela".
Explicação dada, Conceição confirmou que Brahimi continua algo limitado e não garantiu a presença do argelino no onze frente ao Tondela, adiantando, ainda, que o facto de Marcano ter sido suplente frente ao Estoril se deveu a questões físicas, que se estendem também a Moussa Marega.
Preferindo não comentar as críticas do Sporting sobre a não realização da segunda parte do Estoril-F. C. Porto no dia seguinte, nem tão pouco os cânticos dos adeptos leoninos no jogo de hóquei em patins, Conceição abordou o mercado de transferências, nomeadamente em relação a Paulinho, Waris e Rui Costa, que podem estar perto de reforçar o plantel dos dragões.
"Conheço os três jogadores, obviamente, mas como ainda não pertencem ao F. C. Porto não vou opinar. Não está decidido, não está definido, não estão cá. Se se vier a concretizar, aí sim, falarei deles ou de quaisquer outros", afirmou.