Vítor Bruno já substituiu Sérgio Conceição em seis ocasiões e João de Deus fez cinco vezes de Jorge Jesus, mas um clássico sem os dois técnicos principais nos bancos é mesmo novidade.
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Eis um contexto novo, ainda que já esperado há quase uma semana, num F. C. Porto-Benfica. Sem os treinadores nos bancos, castigados pelo Conselho de Disciplina da FPF em processos que vêm da época passada, serão os adjuntos a assumir os papéis principais. Vítor Bruno, de um lado, e João de Deus, do outro, terão a responsabilidade de orientar as duas equipas, em contacto indireto, mas permanente, com os respetivos líderes. Sérgio Conceição estará num camarote do Estádio do Dragão e o mesmo também poderá acontecer com Jorge Jesus, embora essa informação seja considerada confidencial pelas águias.
Por castigos de Conceição, este será o sétimo jogo em que Vítor Bruno assume o leme portista, embora nenhum com esta dimensão mediática. Até agora, o registo é imaculado, pois o técnico de Coimbra, de 39 anos, venceu todas essas partidas, diante de Boavista (2-0 em 2018/19), Krasnodar (1-0 em 2019/20), Portimonense (3-1) e Famalicão (3-2), estes em 2020/21, para além das duas referentes à atual suspensão do treinador principal, frente a Rio Ave (1-0) e Vizela (4-0).
Quanto a João de Deus, adjunto de Jesus nesta segunda passagem pelo Benfica, fez cinco jogos ao comando das águias, com três vitórias, um empate e uma derrota. Curiosamente, este será o segundo clássico para o técnico de Setúbal, de 45 anos, que na época transata liderou a equipa benfiquista em Alvalade, perdendo por 1-0 com o Sporting, numa altura em que Jorge Jesus se debatia com a covid-19. Nas outras ocasiões em que substituiu o líder, João de Deus venceu a B SAD (3-0) e empatou com o V. Guimarães (0-0), ambas na temporada passada, tendo ganho os dois jogos em que Jesus foi obrigado a ficar de fora devido ao castigo em curso (3-0 ao Covilhã e 7-1 ao Marítimo).
Recorde-se que, depois de se defrontarem esta quinta-feira em jogo a contar para os oitavos de final da Taça de Portugal, F. C. Porto e Benfica voltarão a encontrar-se no Dragão, no dia 30, para o campeonato, mas aí Conceição e Jesus já estarão de regresso aos bancos.
Dragões somam seis jogos seguidos sem perder com as águias
Desde março de 2019 que o Benfica não ganha um jogo ao F. C. Porto. De então para cá, as equipas defrontaram-se seis vezes, com quatro vitórias dos azuis e branco e dois empates.
Em 2019/20, a equipa portista venceu os três clássicos com o rival, dois para a Liga (2-0 na Luz e 3-2 no Dragão) e um na final da Taça de Portugal (2-0), em Coimbra. Na época passada, os azuis e brancos começaram por ganhar no jogo de atribuição da Supertaça (2-0), em Aveiro, antes de se registarem duas igualdades no campeonato (1-1 no Dragão e 1-1 na Luz). Os últimos três clássicos disputaram-se à porta fechada, devido à pandemia.