Polivalente ribatejano trocou trilhos do BTT pelo sonho da Volta. No auge da carreira, o ciclista, de 26 anos, já conquistou vários êxitos, mas ainda tem ambições a cumprir.
Corpo do artigo
Quando aos 17 anos trocou as bicicletas de BTT para se focar apenas no ciclismo de estrada, ainda como júnior, José Neves estaria longe de pensar nos êxitos que uma carreira de quase dez anos lhe iriam reservar.
O mais recente sucesso deste ciclista natural de Santarém aconteceu com a vitória épica no GP Douro Internacional, que o próprio reconhece ser "uma das mais especiais da carreira". "Tem um grande significado pelas circunstâncias em que foi. Dedico-o a toda à equipa pela força que me deu para me aguentar".
O triunfo nesta prova confirmou a polivalência de José Neves, que, aos 26 anos, já tem no currículo os títulos de campeão nacional de contrarrelógio sub-23 (em 2015) e de estrada em elites (2021), assim como triunfos no GP Joaquim Agostinho (2018) ou no GP "O Jogo" (2021).
Forte nos "cronos" e também em terrenos inclinados, o ciclista confessou que esta corrida na região duriense foi "um misto de emoções", explicando como se aguentou na última etapa, mesmo correndo sem qualquer companheiro de equipa na estrada. "Ia tranquilo, sabia que ainda tinha força para controlar a corrida".
José Neves entrou no ciclismo profissional pela porta da W52-F.C. Porto, e depois de ter feito um estágio na equipa norte-americana da Education-First, do primeiro escalão mundial da modalidade, onde corre o português Rúben Guerreiro, seguiu para a formação espanhola da Burgos-BH, onde ficou dois anos até regressar a Portugal em 2021, para a W52-F. C. Porto.
O ciclista ribatejano nunca participou numa Volta a Portugal, objetivo que ambiciona cumprir este ano. "Estou muito focado nesse objetivo, pois é um sonho que tenho desde criança".