Jogo de emoções e reviravoltas deixa tudo em aberto para a segunda mão. Gonçalo Inácio e Paulinho anularam a desvantagem, mas um autogolo de Morita travou a festa leonina.
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O Sporting bateu o pé ao Arsenal (2-2), numa partida de elevada intensidade, com várias oportunidades de golo para ambas as equipas, e ainda sonha com a passagem aos quartos de final da Liga Europa, que vai ser decidida no dia 16, em Londres. O enorme aplauso dos adeptos, no fim da partida, foi uma recompensa justa para os leões que, apesar de terem defrontado o primeiro classificado da liga inglesa, deram uma lição de perseverança. Na segunda partida, tudo será, no plano teórico, mais difícil, já que o adversário poderá não poupar algumas peças chave, como sucedeu ontem, e o leão terá de enfrentar uma atmosfera frenética.
Ainda assim, o Sporting demonstrou que pode ser um osso muito difícil de roer. Sem nada a perder, a equipa leonina, que contou apenas com uma surpresa (Matheus Reis no lugar de Nuno Santos), foi eficaz defensivamente e forte nas transições, mostrando desde cedo que não ia prestar vassalagem. Nos primeiros minutos, Pedro Gonçalves falhou por pouco o 1-0, mas o Arsenal, com mais posse de bola e qualidade individual, foi o primeiro a marcar, praticamente no primeiro remate: sem oposição, e após um canto de Fábio Vieira, Saliba abriu o marcador.
O Sporting demorou a reagir, mas a resposta surgiu também através de um canto, batido por Edwards, em que Gonçalo Inácio saltou mais alto para o empate. O duelo tornou-se mais solto, em especial no segundo período: o Arsenal recomeçou a todo o gás, Martineli e Fábio Vieira desperdiçaram boas chances e, na resposta, o Sporting colocou-se em vantagem, por Paulinho, depois de uma defesa incompleta de Turner. Alvalade tornou-se num vulcão e Paulinho, isolado, teve tudo para marcar o terceiro, mas a conclusão saiu disparatada.
Com chances numa e outra baliza, a partida disputava-se a alta velocidade, porém a sorte sorriu aos britânicos. Morita desviou para a própria baliza um pontapé de Xhaka. Até ao fim, as substituições não alteraram o rumo da partida e tudo ficou por decidir.
A subir: Adán e Coates foram gigantes na defesa, Morita e Pedro Gonçalves cruciais no meio-campo. Golo de Gonçalo Inácio pleno de oportunidade.
A descer: Exibição fraca de Trincão. Um mau passe originou o segundo golo do Arsenal. Paulinho falhou chance de ouro e Arsenal fez o 2-2 logo a seguir.
Arbitragem: Pedro Gonçalves pediu falta no segundo golo dos ingleses, mas o lance terá sido limpo. Desafio difícil de dirigir, devido a várias picardias.