O F. C. Porto entra esta quarta-feira em acção no Grupo G da Liga dos Campeões, para tentar ficar já com mais seis pontos do que o Zenit (Sportv1, 17 horas). Se isso acontecer, Vítor Pereira terá conseguido concretizar o objectivo de acabar com os empates dos últimos dois jogos do campeonato.
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O treinador dos dragões disse esta terça-feira, em São Petersburgo, que a pressão existe sempre num clube da dimensão do F. C. Porto, mas é indesmentível que o facto de não ter ganho ao Feirense e ao Benfica aumenta a responsabilidade da partida de hoje com o Zenit.
"É natural que, depois de dois empates, este seja um jogo em que nos queiramos afirmar, pela nossa qualidade e competência. Claro que, se viéssemos de duas vitórias, jogaríamos para ganhar na mesma...", afirmou o técnico dos campeões nacionais, ciente de que a equipa russa, sempre vitoriosa em casa nos jogos das competições europeias sob a orientação do italiano Luciano Spalletti, será difícil de bater: "O Zenit é uma das grandes equipas da Europa, com poder económico para ir buscar ao F. C. Porto um jogador como Bruno Alves. Tem um grande treinador e possui no plantel estrelas como Danny ou Kerzhakov, mas o F. C. Porto só sabe jogar para ganhar".
Vítor Pereira destacou a qualidade do grupo em que o F. C. Porto está inserido, "com três clubes vencedores da Liga Europa nos últimos cinco anos", para referir que, mesmo ganhando hoje, não será possível garantir o apuramento para os oitavos-de-final à segunda jornada. "Este é um grupo muito equilibrado e, por aquilo que vi, também teremos de contar com o APOEL. Vamos defrontar o líder do campeonato russo e estamos totalmente identificados com o adversário, que é perigoso e gosta de explorar a velocidade dos seus avançados", salientou, contando que a equipa portista consiga "prolongar" a boa exibição realizada na primeira parte do clássico com o Benfica: "Espero um Porto pressionante. Não vamos mudar nada em função do Zenit. Será a nossa inspiração a definir o desenrolar do jogo".
A propósito do clássico de sexta-feira passada, o técnico preferiu não responder a Jorge Jesus, segundo o qual foi o F. C. Porto, e não o Benfica, a jogar para defender o resultado, mas não resistiu a enviar um recado para a Luz: "Estou aqui para falar da Champions, mas posso dizer que, no final do jogo com o Benfica, não ficámos minimamente satisfeitos. É isso que nos distingue da outra equipa. Pelo que ouvi no fim do jogo, senti alívio e até festejo. Só uma equipa não ficou satisfeita com o empate...".