Fernando Cruz, que brilhou entre outros, ao serviço do Farense e Vitória de Setúbal, recorda a época 1989/90, em que foi o melhor marcador do segundo escalão e chegou à final da Taça de Portugal.
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Uma imagem, dois prémios, mil memórias de uma época que, não tem dúvidas, foi a "melhor de sempre". As certezas são do ex-futebolista Fernando Cruz e têm por base a temporada 1989/90, passada no Farense. "Nesse ano, fui o melhor marcador da segunda divisão, o melhor marcador da Taça de Portugal e o melhor de todos os campeonatos em Portugal, com 49 golos", lembra o atual gestor de uma empresa de relvados sintéticos, enquanto exibe o prémio de "pichichi" do segundo escalão e a medalha de finalista da prova-rainha.
"Foi a primeira vez na história da Taça que a final foi disputada por dois clubes da segunda divisão. A cidade de Faro parou durante dois dias e fomos escoltados por 450 motos do Motoclube de Faro até Lisboa. Ainda por cima, marquei o golo que nos permitiu ir à finalíssima", lembra, lamentando apenas o facto de o derradeiro jogo ter sorrido ao Estrela da Amadora: "O Paco Fortes teve medo. Tínhamos melhor equipa".
Entre os inesquecíveis Torneios de Toulon, guarda também outras memórias que jura não deixar fugir. "O meu primeiro momento marcante foi ter começado a jogar na primeira divisão com 17 anos, no Vitória de Setúbal. Fui durante muito tempo o mais jovem a jogar no campeonato. Depois, também no Vitória, fui o segundo melhor marcador da Liga, o que motivou a minha transferência para o Sporting", conta, para explicar por que razão está ligado aos sadinos "para o resto da vida"