O presidente de um clube com mais tempo no cargo e com mais títulos no palmarés faz hoje 81 anos. O dia é feliz para Pinto da Costa, como foram muitos os de 2018, ano em que o líder portista celebrou o regresso às grandes vitórias no futebol, com a conquista do campeonato nacional, após quatro épocas seguidas de jejum.
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Durante esse período, houve quem pensasse que o dirigente máximo dos dragões já não iria dar a volta à situação. Puro engano. Depois de alguns tiros ao lado, acertou em cheio na escolha de Sérgio Conceição para treinador e o F. C. Porto voltou aos títulos na Liga, juntando-lhe a Supertaça.
Na época em curso, as perspetivas também são boas, já que a equipa portista lidera o campeonato, com quatro pontos de avanço sobre o Benfica, está nos quartos de final da Taça de Portugal e tem em aberto a passagem à "final four" da Taça da Liga, sem esquecer a bela campanha na Liga dos Campeões, com 16 pontos somados na fase de grupos e passagem aos oitavos de final. Se ganhar depois de amanhã ao Belenenses, no último jogo de 2018, baterá o recorde de vitórias seguidas do clube, chegando às 16.
Mais de 36 anos depois de se ter tornado presidente, Pinto da Costa acumula números impressionantes: nas diversas modalidades em que o F. C. Porto compete, já conquistou 1274 títulos, incluindo 61 no futebol (sete dos quais internacionais, mais do dobro do que os rivais Benfica e Sporting ganharam juntos); a nível europeu, é recordista de vitórias em jogos das provas da UEFA (155), à frente de Florentino Pérez, que soma 119, embora o presidente do Real Madrid tenha ganho mais do que o líder portista se forem contabilizadas só as partidas da Champions.
Em 2019, o maior objetivo será repetir o título nacional. Se o fizer, o número de campeonatos ganhos pelo F. C. Porto com Pinto da Costa passará a ser mais do triplo dos que conquistou com outros presidentes.
Mandato termina em 2020 sem sinais de que seja o último
Pinto da Costa está a meio do 14.º mandato na presidência do F. C. Porto, que assumiu pela primeira vez em abril de 1982. Eleito de novo em 2016, com 79% dos votos, o dirigente máximo do clube azul e branco termina esta presidência em 2020, pois a última mudança de estatutos fez com que os mandatos passassem a ser de quatro anos e não de três. Embora nunca tenha dito publicamente que se vai recandidatar, até porque as próximas eleições ainda vêm longe, não há qualquer sinal de que este possa ser o último mandato.
Na semana passada, conforme é tradição, Pinto da Costa marcou presença no jantar de Natal da Comissão de Recandidatura, durante o qual voltou a afirmar a vontade de servir o F. C. Porto enquanto se sentir com forças e com saúde para tal, desde que os adeptos o queiram. E não há sinais de que não querem.
Centro de treinos para a formação
Durante os festejos dos 125 anos do F. C. Porto, a 28 de setembro, Pinto da Costa afirmou, em entrevista ao JN, que o próximo grande projeto que tem para o clube é a construção de um centro de formação, onde passarão a treinar e a competir os escalões mais jovens do futebol.
Estádio e Museu são orgulhos
A construção do Estádio do Dragão, inaugurado em novembro de 2003, é a maior obra de Pinto da Costa como presidente do F. C. Porto. O Museu do clube, o pavilhão Dragão Caixa e o Centro de Treinos do Olival também são o orgulho do líder portista.