O ciclista esloveno Primoz Roglic (Jumbo-Visma) conseguiu, esta terça-feira, a 37.ª camisola vermelha da carreira na Volta a Espanha, que venceu nos últimos três anos, ao triunfar na quarta etapa à chegada a Irún.
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Roglic, de 32 anos, cumpriu os 152,5 quilómetros entre Vitoria-Gasteiz e Laguardia em 3:31.05 horas, o mais rápido num sprint restrito em que o dinamarquês Mads Pedersen (Trek-Segafredo) foi segundo pela terceira tirada seguida, com o espanhol Enric Mas (Movistar) no terceiro posto.
Na geral, o tricampeão esloveno subiu à liderança e tem agora 13 segundos de vantagem para o colega de equipa norte-americano Sepp Kuss, segundo, e 26 segundos para um trio de ciclistas da INEOS, com o britânico Ethan Hayter a fechar o pódio.
A 10.ª vitória em etapas da Vuelta, na qual ergue os braços de forma seguida desde 2019, chegou numa chegada 'ao seu jeito', ligeiramente empinada, após o pelotão controlar as aspirações da fuga do dia e não deixar ninguém escapar-se a caminho da meta.
Depois de abandonar a Volta a França devido a lesão, Rogla parece estar como sempre se apresenta em Espanha, no topo de forma, numa temporada em que já venceu o Paris-Nice e o Critério do Dauphiné.
"O plano era assumir a liderança hoje. Hoje era a minha vez [a Jumbo-Visma venceu o contrarrelógio por equipas inaugural e tem 'trocado' de líderes a cada dia]. O ritmo foi alto durante toda a etapa, foi muito rápido e duro. No fim, sentia boas pernas e pude provar isso", analisou o vencedor.
Na estreia da média montanha no traçado, após três etapas nos Países Baixos, a fuga tentou, em solo basco, gorar as aspirações dos velocistas, mas foi Roglic a imperar, à frente de um azarado Pedersen, de novo segundo.
Chega à 37.ª roja da carreira, o segundo máximo histórico, atrás apenas das 48 do suíço Alex Zülle, perfeitamente ao alcance do tricampeão que procura, este ano, igualar os quatro triunfos de Roberto Heras, o recorde da prova.
No sprint, que o esloveno dominou sem dificuldade e desde o momento em que se lançou para a frente, a maior nota além do triunfo é mesmo o tempo perdido por muitos dos candidatos.
O corte a sete segundos apanhou, entre outros, o português João Almeida (UAE Emirates), que ainda assim subiu ao 14.º posto, a 53 segundos do líder.
Com a INEOS, do francês Pavel Sivakov e Tao Geoghegan Hart, a colocar estes dois homens a 26 segundos, o belga Remco Evenepoel (QuickStep-Alpha Vinyl) está em sexto, a 27, com Richard Carapaz, o equatoriano de saída da INEOS, no sétimo, a 33, enquanto Simon Yates (BikeExchange-Jayco) fecha o 'top 10', a 51.
Um dia de trabalho em prol dos líderes atrasou os outros dois portugueses em prova, com Nelson Oliveira (Movistar) a cair para 64.º na geral e Ivo Oliveira (UAE Emirates) para 132.º.
Na quarta-feira, a quinta etapa da Vuelta liga Irún a Bilbau em 187,2 quilómetros, com cinco subidas categorizadas, duas delas de segunda categoria.