Treinador do F. C. Porto diz que "a época desportiva é mais importante do que todo o ruído" à volta do clube.
Corpo do artigo
"O que me saltou à vista da entrevista do André foi quando ele disse que a época desportiva é mais importante do que tudo o resto. Ele é um homem inteligente e sabe que é mesmo assim. Se pensarmos no próximo ciclo de jogos, vemos que serão quatro de grande importância para nós. O do Boavista é o mais importante porque é o próximo. Depois vamos ao Estoril, para a Taça de Portugal, que é a eliminar. A seguir, recebemos Braga e Moreirense, no fim da primeira volta do campeonato e início da segunda. A época sobrepõe-se a todo o ruído que se possa criar à volta", afirmou Sérgio Conceição, reagindo à entrevista dada há poucos dias por Villas-Boas ao JN.
Sobre o mercado de janeiro, Conceição teve uma resposta diferente da habitual, pois costuma dizer que o mesmo fica à porta do Olival, e foi um pouco mais expansivo quando questionado sobre o possível interesse do F. C. Porto no central turco Soyuncu, do Atlético de Madrid. "Estamos a ver o que é necessário para a equipa, a falar e a estabelecer alguns contactos. Cada clube tem uma realidade, houve um dos nossos rivais que já se reforçou. Temos de ser inteligentes e criativos", disse, revelando que Pinto da Costa recusou nas últimas horas uma proposta de empréstimo de David Carmo, com opção de compra, que segundo notícias dos últimos dias será do Olympiacos.
Em relação ao facto de alguns jogadores contratados no verão, como Fran Navarro, que já saiu por empréstimo, Nico González ou Iván Jaime, não estarem a conseguir impôr-se na equipa portista, o treinador afirmou: "São processos naturais. Uma coisa é termos capacidade financeira para irmos buscar jogadores com arcaboiço, que sabem o que é jogar de três em três dias e que sabem que aqui um empate é uma derrota. O Alan Varela tem 22 anos, o Nico fez ontem 22. O Fran Navarro veio do Gil Vicente. Querem que faça o quê? Que meta a jogar tudo o que é reforço? Os sócios e adeptos querem é ganhar. Eu também quero. Tenho feito as minhas asneiras, mas não me tenho saído mal. Sofro muito quando não ganho. Outros treinadores vão a restaurantes depois de perder. Eu nem consigo comer e dormir".