Semana decisiva no Dragão para definição do treinador

André Villas-Boas e Sérgio Conceição reúnem-se amanhã, para definir a situação do treinador, que tem contrato até 2028, mas cuja continuidade encontra-se fortemente comprometida. Os acontecimentos dos últimos dias teoricamente fizeram baixar as hipóteses de Sérgio Conceição continuar no comando do F. C. Porto. A rutura com Vítor Bruno, o adjunto de há mais de uma década parece insanável, pelo que, mesmo que o treinador principal fique, a equipa técnica mais antiga da Liga sofrerá alterações.

Cinco semanas após as eleições no clube e oito dias após ter assumido a liderança da SAD, Villas-Boas tem urgência em resolver a questão técnica. A confirmar-se a saída de Sérgio Conceição é preciso saber se o faz abdicando dos valores inerentes a mais quatro anos de contrato como já prometeu ou se exige indemnização.

Se Conceição sair, Vítor Bruno afigura-se como forte hipótese para a sucessão. O filho de Vítor Manuel, antigo treinador com 511 jogos na Liga, entre 1984 e 2004, também enveredou pela carreira de técnico, após ter sido um modesto jogador, em equipas da região centro, entre as quais a Académica. Como treinador começou em 2009, em Angola, no Interclube, sendo adjunto de Augusto Inácio, tendo depois coadjuvado o próprio pai, no 1.º º de Agosto. Em 2009/10, foi adjunto de Inácio na Naval e na época seguinte no Leixões. Em 2011/12, tornou-se auxiliar de Sérgio Conceição no Olhanense, no início de uma ligação de uma dúzia de anos, sete dos quais no F. C. Porto. 

O verniz estalou entre ambos após, nesta semana, Vítor Bruno ter dado conhecimento a Sérgio Conceição de que ia seguir uma carreira a solo, provavelmente no Catar. Villas-Boas comunicou entretanto a Conceição a hipótese de Vítor Bruno assumir o banco portista, a partir de 2024/25. Aquele sentiu-se traído pelo adjunto e pelo presidente, adensando o impasse na resolução de um problema, que amanhã poderá ser solucionado.