Treinador do F. C. Porto, irritado com as críticas, diz que em sete anos tem balanço positivo de 650 milhões de euros entre compras, vendas e prémios das competições europeias
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Uma questão sobre os empréstimos de Fran Navarro e Gabriel Veron e sobre a possibilidade de ter de fazer mais com menos na segunda metade da época levou Sérgio Conceição a puxar dos galões, durante a antevisão do Boavista-F. C. Porto de sexta-feira.
"Fazer mais com menos tem sido o nosso trabalho ao longo dos anos. Não quero deixar passar o chorrilho de mentiras que leio e vejo. Ainda ontem vi na televisão que deitei 45 milhões ao lixo. Fico estupefacto. Ano após ano, os nossos gastos [em contratações] têm sido menores do que as vendas. Vim preparado para isto. Em sete anos, entre vendas e prémios da UEFA fizemos 900 milhões de euros. Em compras, gastámos 250 milhões. O balanço é positivo em 650 milhões. Está no Transfermarkt, que é uma das fontes dos jornalistas. Podem ir lá consultar", disparou o técnico portista, documentado com papéis.
"O que importa para mim é o jogo no Bessa, mas isto é tanta mentira junta... Associado aos títulos que temos ganho e que fizeram de mim o treinador mais titulado da história do F. C. Porto, penso que me tenho saído bem. As pessoas percebem porque é que se metem estas coisas cá para fora. O Fran Navarro não encontrou o seu espaço e foi emprestado. Mas o Vitinha também foi, depois voltou e foi uma venda fantástica, uma das melhores do clube.. O David Carmo não está 'morto', está a competir [na equipa B] . Não veio esta época, como se está a tentar passar. O Veron também saiu... Quando se está lesionado nem sequer se pode treinar. Estamos atentos a todos os ativos do F. C. Porto", referiu.
"Dá-se ênfase a um pequeno desaire e abafa-se as vitórias do F. C. Porto. Em 2023, fomos o clube com mais pontos no campeonato. Dizem que o Sérgio Conceição deitou 45 milhões ao lixo. É mentira. Não é o Sérgio Conceição que vende, que contrata ou que empresta. Claro que sou o treinador, dou a minha opinião e o meu parecer técnico, caso contrário também não estava aqui a fazer nada. Temos um grandíssimo presidente, ele é soberano e tem a última palavra", acrescentou.