A selecção portuguesa de futebol qualifica-se terça-feira para a fase final do Europeu de 2012, na Polónia e Ucrânia, com um empate com a Dinamarca, em Copenhaga, mas um desaire poderá ser suficiente.
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Após sete encontros, Portugal soma 16 pontos, os mesmos da Dinamarca, e estes poderão ser suficientes, sendo que, perdendo, o "onze" de Paulo Bento fica nas mãos de Suécia (recebe a Holanda) e Croácia (anfitriã da Letónia).
No Grupo E, que tem seis selecções e já foi arrebatado pela Holanda, os suecos têm 15 pontos nas contas para o "rei" dos segundos, que também se qualifica directamente, e são os únicos que dependem de si próprios.
Um triunfo sobre a formação vicecampeã mundial em título, que conta por vitórias os nove jogos disputados na fase de qualificação, sela o apuramento da Suécia, que ficaria com 18 pontos, impossíveis de alcançar por qualquer outro segundo.
Em caso de empate, a Suécia ficar-se-ia pelos 16 pontos, pelo que, para bater Portugal, precisaria que a formação das "quinas" perdesse por pelo menos dois golos -- presentemente a vantagem é lusa, com 20-10 contra 17-9.
O primeiro critério de desempate na corrida ao "rei" dos segundos é os pontos nos jogos com primeiro, terceiro, quarto e quinto, depois a maior diferença de golos, seguindo-se os golos marcados e os tentos conseguidos em reduto alheio.
No que respeita à Croácia, os segundos colocados do Grupo F, que ainda podem ser primeiros (estão a dois pontos da Grécia, que necessita um na Geórgia), precisam de recuperar seis golos em relação à equipa das "quinas".
Aos 10 golos "positivos" dos comandados por Paulo Bento, os croatas "respondem" com escassos quatro (10-6), pelo que precisam de uma goleada, que será tanto menor quanto maior for a eventual derrota de Portugal no Parken Stadium.
No que respeita a outros "perigos", existe ainda, em termos matemáticos, o da Rússia, que, presentemente já tem 17 pontos nas contas para o melhor segundo.
Os russos já não podem fazer mais, mas só por uma série de acontecimentos estranhíssimos é que falhariam o primeiro lugar do Grupo B, uma vez que só precisam de empatar em casa com Andorra (nove derrotas e 1-17 em golos).
Mesmo se isso acontecesse, ainda era preciso que a República da Irlanda, do ex-benfiquista Giovanni Trappatoni, vencesse em casa a Arménia.
As contas não se esgotam, nestes adversários, pois há um "interno", a Noruega, que pode mesmo afastar Portugal do "play-off", ao qual têm acesso todos os segundos classificados, excepto o melhor, apurado diretamente.
Em caso de derrota, o "onze" luso fica à mercê dos noruegueses, com quem tem vantagem "nulo" no confronto directo, mas a tarefa dos nórdicos será, ainda assim, muito árdua, pois precisam de recuperar nove golos.