Villas-Boas sobre o primeiro ano como presidente do F. C. Porto: "Foi violento"
André Villas-Boas foi um dos oradores convidados no Portugal Football Summit, abordando as diferenças entre ser treinador e presidente de um clube, fazendo ainda um balanço na liderança do F. C. Porto
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"Vida de grandes mudanças, aventuras, o que se mantém é o amor pelo F. C. Porto. Os valores, princípios, um destino, uma obrigação, sentido de vida e agora sentido de missão, de entregar a instituição melhor do que encontrei. Vai ser difícil, mas o propósito é esse, servir a instituição, com muitos títulos, bem estruturada financeiramente. Foi uma transformação enorme, muitas diferenças, em Portugal tenho das melhores equipas de gestão e daí o crescimento que temos tido", disse Villas-Boas, sobre a mudança de treinador para presidente e o desafio que encontrou.
O presidente do F. C. Porto fez também um balanço da primeira temporada nas novas funções. "Foi uma profunda transformação do F. C. Porto, ambicionamos títulos. O primeiro ano foi violento, o clube estava aquém dos objetivos, tivemos mudanças, reestruturação financeira gigante, movimentámos 450 milhões de euros em receitas de mercado e operações financeiras e isso salvou-o enquanto clube. Estávamos em situação limite, tínhamos 15 dias para pagar milhões, situação perigosa, ajudados por sócios", revelou.
"Depois fizemos operação notória financeira, que será replicada pelos grandes e vendemos 30% de direitos comerciais, levantamos 115 milhões com dívida americana, vendemos ativos. Mas é um clube de associados, é o propósito e assim o queremos deixar", afirmou.