Os armadores espanhóis pediram, esta quinta-feira, à Comissão Europeia que ajude a compensar as embarcações afectadas pelo fim do acordo com Marrocos, insistindo que Bruxelas tem que "assumir as suas responsabilidades" e impulsionar um novo convénio.
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A posição dos armadores foi comunicada pelo secretário-geral da Confederação Espanhola da Pesca (CEPESCA), Javier Garat, que disse que é vital que se implementem as dotações previstas no Fundo Europeu da Pesca.
Ainda assim Javier Garat admite que as ajudas não são uma solução porque a sua tramitação é longa e as embarcações que, desde as 00.00 horas desta quinta-feira deixaram de poder trabalhar nas águas marroquinas, vivem situações difíceis.
O responsável disse perceber a decisão marroquina de pedir a saída de barcos europeus das suas águas - uma medida que afecta particularmente a frota espanhola - mas recordou que se Rabat não tivesse feito esse anúncio, o acabaria por fazer o Conselho de Ministros de Pescas da própria União Europeia.
Para o porta-voz do sector espanhol das pescas, a decisão do Parlamento Europeu criou "insegurança jurídica" tanto para Marrocos como para os pescadores espanhóis, que já tinham pago as taxas e licenças para os próximos meses.
O convénio suspenso com Marrocos incluía 119 licenças à frota comunitária, das quais uma centena para Espanha que utilizada actualmente 70 autorizações com navios da Andaluzia e das Canárias.
As licenças abrangiam 10 outros países, entre os quais Portugal (14 navios).