<p>O Banco de Portugal rejeitou hoje o pedido de substituição apresentado pela administração do Banco Privado Português.</p>
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"Informa-se que não existe intenção, por parte do Banco de Portugal, de dar seguimento a esse pedido", de substituição, apresentado pela administração liderada por Fernando Adão da Fonseca.
Assim, acrescenta o Banco de Portugal, "o actual Conselho de Administração do BPP continua em funções".
A rejeição de quatro propostas de recuperação do Banco Privado Português e o "provável" cenário de insolvência face a essas recusas foram as razões que levaram a administração do banco a demitir-se.
A capacidade de actuação "fortemente diminuída" da administração "pelo facto de as propostas de recuperação e saneamento que têm apresentado terem sido todas liminarmente recusadas" e o "provável cenário de insolvência do Banco que resulta dessas recusas", são as principais razões invocadas, segundo uma comunicação interna assinada pela administração, datada de hoje, segunda-feira, a que a agência Lusa teve acesso.
A administração presidida por Fernando Adão da Fonseca informa nessa comunicação aos funcionários que o pedido de demissão foi apresentado formalmente ao Banco de Portugal na sexta-feira.
"As decisões tomadas e não tomadas pelas autoridades, afirmações feitas através da comunicação social, algumas delas com efeitos altamente perturbadores nos Clientes do Banco" fazem parte também do rol de razões que levaram a administração de Adão da Fonseca a pedir ao Banco de Portugal a sua substituição.
Na comunicação interna, a administração sintetiza as propostas de recuperação apresentadas e indica as datas, sendo a primeira de 26 de Dezembro de 2008, a segunda de Fevereiro, a terceira de Abril e a quarta de 19 de Julho.