A CGTP e a UGT voltam a encontrar-se, esta segunda-feira, tal como há um ano, para discutir as novas medidas de austeridade e a possibilidade de agendarem protestos conjuntos, nomeadamente uma greve geral.
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Depois de o primeiro-ministro ter anunciado, na quinta-feira à noite, um novo pacote de austeridade no âmbito do combate ao défice público, a CGTP tomou a iniciativa de escrever à UGT convidando-a para "o desenvolvimento do diálogo, a todos os níveis", e para a "construção da unidade na acção necessária para que a resposta seja de todos os trabalhadores portugueses".
Quase em simultâneo a UGT contactou a sua congénere com o mesmo objectivo e o encontro ficou marcado para o final da manhã desta segunda-feira, sem que a greve geral esteja formalmente na ordem de trabalhos mas com ambas as partes a considerarem-na uma inevitabilidade.
Ao início da manhã, a Intersindical reúne a sua comissão executiva para analisar as medidas apresentadas pelo Governo e preparar o encontro com a UGT.
Fonte da CGTP admitiu à agência Lusa que a greve geral deverá ser o ponto forte da reunião entre as duas centrais, mas disse que não é previsível o anúncio de uma acção de luta desse tipo no final do encontro.
É que a convocação de uma greve geral terá de ser sempre aprovada pelos órgãos superiores das centrais sindicais.
A CGTP convocou o seu Conselho Nacional para terça e quarta-feira e a UGT o seu Secretariado Nacional para quinta-feira.
A mesma fonte sindical disse ainda à Lusa que a Intersindical deverá marcar um novo Conselho Nacional e um Plenário Nacional de Sindicatos (órgão máximo entre congressos) para a última semana deste mês.