A Grécia submeteu, esta terça-feira, aos credores, uma proposta que inclui um novo programa de ajuda de dois anos que prevê, simultaneamente, a reestruturação da dívida grega.
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A notícia está a ser veiculada pela agência Reuters, que cita um comunicado do gabinete do primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras.
A proposta parece ser um esforço de última hora para tentar resolver o impasse com os credores, diz a agência. Surge horas antes do fim do prazo para a Grécia reembolsar o Fundo Monetário Internacional em quase 1600 milhões de euros.
"O Governo grego propôs hoje (terça-feira) um acordo de dois anos com o Mecanismo Europeu de Estabilidade para cobrir as suas necessidades financeiras e, paralelamente, uma reestruturação da dívida", disse o Governo em comunicado.
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"Desde o primeiro momento que dizemos que a decisão de convocar um referendo não é o fim, mas a continuação das negociações por melhores condições para o povo grego. A Grécia mantém-se na mesa das negociações", lê-se no comunicado, que acrescenta que Atenas vai procurar ser uma "solução viável para permanecer no euro".
Esta terça-feira soube-se que Alexis Tsipras tinha-se multiplicado em contactos com os credores e que Juncker tinha tentado um acordo de "última hora", embora o ministro das Finanças grego tenha garantido que a Grécia não pagaria ao FMI a tranche que hoje vence.
Em resposta à proposta grega, o presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, convocou os ministros das finaças da zona euro para uma teleconferência para esta terça-feira, às 18 horas (hora portuguesa), para discutir as propostas do Governo grego.
Entretanto, a chanceler alemã, Angela Merkel, afirmou que a Alemanha não vai voltar a entrar em negociações com a Grécia antes do referendo convocado para este domingo, avançou fonte parlamentar.
Por sua vez, o presidente dos Estados Unidos da América, Barack Obama, afirmou que a crise grega pode ter "um impacto significativo" na economia da Europa, mas não vai ser "um choque importante" para o sistema mundial. Obama reiterou que a posição dos Estados Unidos é a de que as negociações entre a Grécia e os credores devem prosseguir e que Atenas deve continuar a ser membro da zona euro.