<p>A greve geral de amanhã, quarta-feira, começou já hoje a afectar os comboios. De acordo com a CP e até às 20 horas, foram suprimidos 15 comboios regionais, dois intercidades e um alfa pendular entre Lisboa e Porto. Autocarros e Metro do Porto serão afectados, fortemente, só amanhã. Em Lisboa, o Metro vai ficar parado, enquanto a Carris recorreu da decisão judicial que a impede de fazer serviços mínimos.</p>
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De acordo com a CP, foram hoje, terça-feira, suprimidos 15 comboios regionais, de um total de 183 programados até às 20 horas, assim como dois intercidades e um alfa pendular Faro-Porto, este último a partir da Gare do Oriente, em Lisboa.
A transportadora acrescentou que, até às 20 horas, não foi cancelada qualquer ligação suburbana do Porto nem urbana de Lisboa e de Coimbra.
A CP tinha anunciado já que, apesar de garantir os serviços mínimos amanhã, quarta-feira, durante a Greve Geral, previa -se perturbações na circulação dos comboios já hoje, com especial incidência nos Urbanos do Porto, que começaram a ser afectados às 17 horas.
Em Lisboa, as dificuldades vão começar durante a noite desta terça-feira. Informação detalhada, no sítio da CP.
Para amanhã, quarta-feira, "prevê-se que a circulação de comboios seja fortemente conturbada, durante todo o dia, com supressão de grande parte dos serviços", informou a CP.
A empresa garante os serviços mínimos, durante o dia da greve geral, mas os clientes podem contar com um reduzido número de comboios, a nível nacional e em todos os serviços. A empresa informou, também, que não vai dispor de alternativas rodoviárias aos comboios suprimidos.
Os utilizadores dos comboios da CP vão ainda sentir os efeitos da greve durante o dia seguinte, uma vez que a empresa afirmou que as perturbações no tráfego ferroviário se vão estender até à manhã de quinta-feira, 25 de Novembro.
Autocarros no Porto só antes e depois da greve
Os autocarros no Porto só vão ser afectados pela greve geral amanhã, quarta-feira. Hoje os transportes da STCP vão circular normalmente até às 24 horas, bem como no dia seguinte à greve, 25 de Novembro.
Amanhã, devido à proibição imposta pelo Tribunal Arbitral, a empresa de transportes colectivos do Porto não conseguirá garantir os serviços mínimos aos utentes, pelo que a greve geral deverá afectar fortemente a circulação de autocarros.
A STCP é apenas obrigada a assegurar portarias, carros de apoio à linha aérea e desempanagem, pronto socorro e serviços de saúde e de segurança das instalações e equipamentos.
Caso algum trabalhador decida não aderir à greve, poderão circular autocarros, que serão "num número muito reduzido", admitiu a STCP.
Metro do Porto reduzido a duas passagens por hora
O dia que antecede a greve geral promete ser normal no Metro do Porto. Segundo fonte da empresa, em declarações ao JN, a circulação, hoje, terça-feira, vai processar-se até à hora habitual, 1 da madrugada.
Em relação ao Metro do Porto, amanhã, quarta-feira,entre as 7 e as 22 horas, os serviços estarão limitados, no máximo, a duas passagens por hora e sentido, na Linha Amarela (D) e tronco comum Senhora da Hora-Estádio do Dragão.
Já nas linhas Azul (A), vermelha (B), Verde (C) e Violeta (E), não haverá qualquer tipo de serviço durante o dia inteiro.
Em Lisboa, o metro vai parar totalmente
Em Lisboa, amanhã, quarta-feira, andar de metro vai ser missão impossível. Fonte da empresa disse ao JN que não irá circular qualquer comboio, mesmo que haja uma equipa mínima de trabalhadores capaz de garantir o funcionamento das locomotivas.
Segundo o acórdão emitido pelo Tribunal Arbitral do Conselho Social e Económico, a empresa Metropolitano de Lisboa não poderá garantir os serviços mínimos aos utentes, entre a meia-noite de quarta-feira e a 1.30 horas de quinta-feira.
O último comboio de hoje, terça-feira, será às 23.30 horas. No dia 25, a circulação dos transportes irá decorrer com normalidade.
Autocarros de Lisboa sem serviços mínimos
Em relação à Carris, hoje, terça-feira, os autocarros devem circular normalmente. Amanhã, dia de greve geral, estima-se que a circulação seja bastante afectada.
A Carris está impedida de garantir os serviços mínimos, pelo que será difícil apanhar um autocarro. No entanto, a empresa adianta que irá recorrer para o Tribunal da Relação da decisão do Tribunal Arbitral.
* Com Augusto Correia