As atenções dos investidores estarão esta semana focadas nas decisões dos líderes europeus sobre a crise da dívida na zona euro, motivo de uma reunião entre Ângela Merkel e Nicolas Sarkozy na segunda-feira e do Conselho Europeu na sexta-feira.
Corpo do artigo
O presidente francês, Nicolas Sarkozy, defendeu a necessidade de "refundar" a Europa e restaurar a sua credibilidade e confiança, o que deverá conduzir a um novo tratado europeu, que será discutido numa reunião com a chanceler alemã, Ângela Merkel, em Paris, na segunda-feira.
No final da semana, no Conselho Europeu, que reúne na quinta e sexta-feira, os líderes europeus vão debater a implementação de novas regras orçamentais para encontrar respostas para a crise da dívida soberana da zona euro, que os investidores vão seguir à lupa.
Esta semana, vão ser conhecidos os indicadores do Institute for Supply Management (ISM) relativos aos serviços, que "à semelhança do registado na indústria, deverá apontar para uma aceleração da actividade nos EUA e para uma contração na zona euro", avança o analista de ações do Millenium Investment Banking, Ramiro Loureiro.
De acordo com o analista, citado pela Agência Lusa, "a actividade nos serviços alemães deverá divergir da indústria e ainda mostrar expansão tal como no Reino Unido".
Na China, será também revelado o PMI Serviços, que apesar de estar bem acima da linha que separa a expansão da contracção (50), tem mostrado um abrandamento no ritmo de expansão da actividade.
Ramiro Loureiro chama a atenção para a segunda estimativa do Produto Interno Bruto (PIB) da zona euro relativo ao terceiro trimestre, que deverá sinalizar um crescimento de 0,2% em termos trimestrais e de 1,4% face a igual período de 2010.
Ainda na zona euro serão conhecidas as vendas a retalho de Outubro, com um aumento previsto de 0,1% em relação ao mês antecedente, mas com uma quebra de 0,8% em termos homólogos.
Na quinta-feira, o Banco Central Europeu e o Banco de Inglaterra irão anunciar ao mercado a sua decisão sobre as taxas directoras, estando os analistas a antecipar um corte de 25 pontos base da taxa da zona euro para 1% e a manutenção nos 0,5% da taxa britânica.
De acordo com o analista, "na Alemanha, o valor final da inflação harmonizada de Novembro deverá ficar em linha com o valor preliminar e confirmar uma subida homóloga de 2,8% dos preços no consumidor, estagnando face a Outubro".
Nos EUA, o analista destacou à Lusa a divulgação do valor preliminar da confiança, medida pela Universidade de Michigan, cujo índice deverá subir dos 64,1 para os 65,5 bem como as encomendas às fábricas, que devem ter recuado 0,3% em Outubro e o crédito ao consumo que deve ter registado um incremento de 5,2 mil milhões de euros (sete mil milhões de dólares).