O Tesouro português conseguiu colocar mais 1750 milhões de euros de dívida pública, mas os custos de financiamento subiram na maturidade a 12 meses.
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Para os Bilhetes do Tesouro que vencem em abril de 2014, os investidores cobraram uma taxa de juro média de 1,384% (face aos 1,27% do leilão anterior), enquanto na maturidade a três meses (julho de 2013) a taxa de juro média ficou nos 0,743% (que compara com 0,757% da operação semelhante realizada a 20 de março).
Na maturidade mais longa foram colocados 1500 milhões de euros, com a procura a superar a oferta duas vezes, sendo os restantes 250 milhões de euros relativos a Bilhetes do Tesouro a três meses com uma procura 4,8 vezes acima da oferta.
O analista Filipe Silva, responsável pela gestão de ativos do Banco Carregosa, considerou que esta emissão de dívida pública foi "um não evento", no qual não se esperavam surpresas e com taxas semelhantes às dos leilões mais recentes e praticadas no mercado secundário.
"A única curiosidade a registar é que a Alemanha fez também esta manhã um leilão a 10 anos e conseguiu uma taxa de 1,28%, que é o que Portugal paga por empréstimos a um ano. Os investidores compraram mais de 3 mil milhões de euros de dívida alemã de longo prazo, a uma taxa de 1,28%, mesmo que a rentabilidade seja negativa, uma vez que a inflação está nos 1,7%", observou.